Magalu antecipa e-commerce de café especial e vende produto do cerrado com marca capixaba

Café

Cafés especiais saltam do nicho de mercado para o e-commerce peso pesado (Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez)

Na mesma medida no qual o isolamento fez o consumo de café dar um salto mais forte para dentro dos lares do maior consumidor mundial da bebida, antecipou em cinco anos o que seria expansão do delivery e a entrada nos grandes marketplaces. O arábica especial já está nas prateleiras virtuais da Magazine Luiza (MGLU3).

“Estamos mostrando que podemos pensar fora da caixinha e em três semanas conseguimos abrir um espaço na crise com o avanço de um sistema de vendas que veio para ficar”, diz Marcus Magalhães.

Ele é o dono da MM Cafés que divide as atenções de quem entrar no site ou no app da Magalu e quiser comprar, por exemplo, uma cafeteira. A marca sai de algumas redes do Espírito Santo e de 1 tonelada vendida em 2023 – ano de estreia – e agora aguarda uma expansão de 30% a 40%. Cafés especiais, de valor agregado, não se contabilizam em grandes volumes. As compras são parcelizadas em pacotes de 250 gramas, de modo que as comparações com os volumes muito mais expressivos dos cafés de combate sempre serão mais modestas.

Tirar o café goumet dos nichos de mercados e levá-lo para o e-commerce com um cadastro de 24 milhões de clientes foi, para o empresário, uma negociação que abre possibilidade de expansão da marca em tempo mais curto e sem investimentos.

Se Magalhães fosse criar seu próprio marketplace fora dos quadrantes da sua região, os investimentos seriam fora da curva. “Agora estamos de Manaus ao Rio Grande do Sul”, anima-se.

O café da MM é comprado no cerrado mineiro – Fazenda Serra Negra, único e exclusivo fornecedor & que também garante a oferta sem riscos de buraco – e possui certificações como Rainforest (sustentabilidade). “Respeitamos a parceria com a origem do café estampado nos rótulos”, conta Marcus Magalhães, que atua nesse mercado capixaba há mais de 30 anos, com corretagem e comunicação.

E aqui também a MM Cafés tenta antecipar uma tendência. A parceria se enquadra no modelo white label, aproveitando a experiência produtiva (da lavoura à torra) do produtor, que, por sua vez, ganha com a comercialização de sua produção a preços muito superiores.

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