Traders de commodities na Suíça retornam às mesas
Restaurantes e lojas estão abertos há semanas, e até mesmo o trabalho sexual, que é permitido na Suíça, retomou as atividades em 6 de junho (Imagem: Unsplash/@phodskins)
Na capital mundial de negociação de commodities, traders da maioria de grandes empresas retornam aos escritórios e alguns até se aventuram nos céus para viagens de negócios.
“Na 💥️Suíça, tivemos muita sorte”, disse Gerard Delsad, diretor-gerente da Vitol Group, maior operadora independente de petróleo, com sede em Genebra. “Tem sido muito estável.”
Genebra, sede de muitas tradings gigantes de 💥️petróleo, grãos e metais, não escapou da 💥️Covid-19, mas, no geral, a Suíça controlou o vírus muito mais rapidamente do que outros polos de trading globais.
Delsad concedeu entrevista na segunda-feira, quando cerca de 30% dos 180 funcionários da Vitol em Genebra retornaram ao escritório. Na próxima semana, trabalharão em casa novamente em rodízio com outro grupo que voltará à empresa.
Restaurantes e lojas estão abertos há semanas, e até mesmo o trabalho sexual, que é permitido na Suíça, retomou as atividades em 6 de junho.
Muitos dos que trabalham na negociação de commodities também retornaram a seus locais de trabalho. O setor gera 20 bilhões de francos suíços (US$ 21 bilhões) ou 4% do PIB da Suíça, sendo maior do que a indústria de turismo do país.
Novo normal
A negociação de commodities responde por cerca de 35 mil empregos diretos em mais de 500 empresas de trading na Suíça e supera os serviços financeiros bancários como a principal exportação de serviços do país.
Embora muitos no setor tenham voltado aos postos de trabalho, o retorno segue novos e rígidos protocolos de distanciamento social.
No rival Trafigura, o número de operadores e funcionários no escritório de Genebra tem aumentado constantemente nas últimas semanas. Eles seguem as diretrizes do governo, que incluem limitar uma pessoa por elevador e manter distância superior a um metro entre as mesas.
Agora, operadores Trafigura estão autorizados a fazer viagens aéreas para “negócios essenciais”, confirmou uma porta-voz. Ela não revelou se os funcionários voariam em jato particular ou comercial.
Em Genebra, operadores podem facilmente caminhar, dirigir ou andar de bicicleta até o escritório na pequena cidade. As máscaras não são obrigatórias na Suíça, e as fronteiras com as vizinhas Áustria, França e Alemanha foram reabertas.
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