Teste de carnes para exportação tem como intuito acalmar a China

Carnes

“Não há fundamentos científicos para esse tipo de suspensão” pela China, disse Turra (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

Exportadores brasileiros de carne de frango e suína estão propondo testar todos os embarques que chegam à 💥️China para provar que as cargas são seguras para consumo e evitar mais proibições do país asiático.

💥️As empresas exportadoras seriam responsáveis pela realização dos testes por amostragem segundo proposta feita ao 💥️Ministério da Agricultura, disse Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (💥️ABPA), acrescentando que o grupo aguarda resposta do governo.

No fim de semana, a China suspendeu importações de uma processadora de suínos da 💥️JBS (💥️JBSS3) e outra da 💥️BRF (BRFS3). Na semana passada, as exportações de duas unidades de carne bovina e uma de aves foram suspensas pela China, maior consumidora de carne brasileira, enquanto o Ministério da Agricultura suspendeu de forma voluntária os embarques de outra unidade de frangos para o país asiático.

“Não há fundamentos científicos para esse tipo de suspensão” pela China, disse Turra na segunda-feira em entrevista por telefone.

Embora a China não tenha especificado os motivos da proibição, Turra disse que a decisão do governo chinês foi uma tentativa de amenizar preocupações de consumidores sobre surtos de coronavírus amplamente divulgados e paralisações de frigoríficos no Brasil.

O Ministério da Agricultura disse na segunda-feira que vai perguntar à China as razões para a suspensão das importações e pedir que a medida seja revertida.

Casos de coronavírus

Todas unidades brasileiras com exportações para a China temporariamente suspensas registraram casos de coronavírus entre trabalhadores e algumas interromperam as operações, incluindo instalações da JBS e da BRF.

A China também suspendeu importações de frigoríficos na Europa e no Canadá que também enfrentaram surtos de Covid-19.

Até o momento, segundo especialistas, as suspensões parecem ter pouco impacto nas exportações brasileiras e no suprimento de carne para a China, pois o país possui mais 14 processadoras de suínos e 45 de aves com permissão para vender para o mercado chinês.

Os principais exportadores podem redirecionar a carne de outros frigoríficos autorizados para cumprir os contratos de exportação, que foram mantidos. A JBS, por exemplo, possui um total de cinco unidades de suínos e 12 de aves no Brasil com permissão para exportar para a China.

“O único impacto para o Brasil é de imagem”, pois a decisão da China pode levar outros consumidores a levantarem questões sobre a segurança da carne, de acordo com Turra. A demanda da China por carne de frango e suína do Brasil continua forte, disse.

“Esse é um problema pontual com baixo impacto nos embarques como um todo”, disse Thiago de Carvalho, pesquisador do Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ligado à Universidade de São Paulo. Ele vê como improvável um grande número de suspensões de frigoríficos pela China, já que o gigante asiático ainda enfrenta déficit de proteína resultante da peste suína africana.

“A China precisa de carne brasileira”, disse em entrevista por telefone. Segundo ele, a carne brasileira ficou mais barata para os chineses em comparação com os rivais no mercado internacional devido à desvalorização do real.

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