O salto da soja em 20 anos, numa breve história do tempo para quem não é do ramo

Agrônomos checam plantio de soja em Cruz Alta (RS)

A linha do tempo da soja e o salto em 20 anos do maior produtor mundial (Imagem: REUTERS/Inaê Riveras)

Quando não ouve falar diretamente da 💥️soja, o Brasil se acostumou a ouvir sobre a importância do agronegócio para a economia nacional e, indiretamente, o grão é o destaque. Mas ao contrário das outras culturas comerciais mais antigas, como cana e café, a trajetória da oleaginosa é desconhecida para a maioria dos brasileiros.

Ao chegar aos 37/38 milhões de hectares e próximo das 123 milhões de toneladas atuais, poucos fora do ramo sabem que a encruzilhada da história do maior produtor e exportador mundial foi há 20 anos.

Apesar do pioneirismo gaúcho marcar a linha do tempo, desde o início da série histórica mapeada pela 💥️Conab, ainda nos anos de 1970, foi na safra 2000/2001 que os três principais estados produtores se emparelham, em torno de 3 milhões de hectares cada um. Daí em diante o Mato Grosso disparou na liderança e, hoje, tem pouco menos do dobro da soma de área do Rio Grande do Sul e Paraná juntos.

A expansão para os 10 milhões de hectares no cerrado mato-grossense deu-se graças à tropicalização do grão, sistema de plantio direto, rotação de cultura (com o milho) e, principalmente, embarque tecnológico a começar pelo licenciamento dos materiais transgênicos – aqui também marcado pelo pioneirismo forçado pelos gaúchos ao contrabandearem as primeiras sementes da Argentina.

Desse período em diante o Brasil foi fazendo a diferença até alcançar, atualmente, quase 60% de toda commodity transacionada globalmente.

Produtividade

Da já longínqua primeira safra do século 21 – e as pouco mais de 32 milhões de toneladas totais de então -, o Rio Grande do Sul deteve, no último ciclo, 5,9 milhões de hectares e, o Paraná, em torno de 5,4 milhões/ha.

Os paranaenses tiveram por breve período na segunda posição, entre as safras 2006/07 a 2013/14, em termos de área, mas em produtividade média foi muito superior às lavouras gaúchas – sempre suscetíveis a estresses hídricos – e mesmo acima da do Mato Grosso.

O maior coeficiente de produtividade da soja paranaense foi da safra 16/17, acima de 3,7 toneladas por hectare. O estado perdeu a liderança na temporada 18/19, ficando abaixo da média mato-grossense e gaúcha de aproximadamente 3,3 t/ha.

Da produção de 123 a 124 milhões de toneladas do período 19/20, ao redor de 60% vieram dos três estados, quando, então, se consolida mais ainda a liderança da soja em todas as variáveis.

Em termos de valor bruto da produção agropecuária (VBP), com 23,1% (R$ 159,2 bilhões em 2023) e mais de US$ 40 bilhões em exportações.

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