Investidor 3.0: “Privatizações estão atrasadas, e governo também hesitou”, diz Paulo Guedes

O ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, reconheceu que o governo tem uma parcela de responsabilidade pela lentidão do programa de 💥️privatizações. “Nós também hesitamos. De alguma forma, não conseguimos viabilizar as privatizações”, afirmou, durante sua participação no evento Investidor 3.0, promovido pela 💥️Empiricus Research e pela 💥️Vitreo.

Segundo Guedes, alguns fatores impedem que as privatizações deslanchem. O primeiro é político. O ministro repetiu a tese de que há um acordo de partidos de centro e de direita, no Congresso, para barrar a venda de estatais.

Outro é a hesitação de membros do próprio governo, bem como de parlamentares da base aliada. “Dependemos de acordo políticos”, disse a 💥️Felipe Miranda, estrategista-chefe e um dos fundadores da Empiricus , e 💥️Jojo Wachsmann, um dos criadores da Vitreo.

Contra o tempo

O problema é que, agora, o governo corre contra o tempo para vender estatais e fazer caixa, a fim de evitar o crescimento da dívida pública – algo que preocupa cada vez mais os analistas e os investidores.

“As privatizações já estão atrasadas”, disse. Ele lembra que, há algumas semanas, chegou a anunciar a venda de quatro estatais: 💥️Eletrobras (💥️ELET3; 💥️ELET6), 💥️Correios, 💥️Porto de Santos e Pré-Sal Petróleo SA (PPSA). O ministro afirmou que, antes de tornar pública a meta, reuniu-se com lideranças políticas que “sinalizaram que dava”.

Apenas depois do anúncio, segundo Guedes, o governo soube de acordos no Congresso para barrar o programa de privatizações.

Dívida pressiona

Outro motivo para a urgência é a rolagem de dívidas que vencerão no ano que vem. Somente de janeiro a abril, R$ 643 bilhões em títulos públicos precisarão ser pagos. Guedes procurou tranquilizar o mercado, ao afirmar, durante sua participação no Investidor 3.0, que praticamente metade desse montante está equacionado.

Paulo Guedes empiricus

Confiança: segundo Guedes, metade da dívida que vence até abril já está resolvida (Imagem: Reprodução/ Empiricus)

A maior parte viria do superávit do 💥️Banco Central, que deve transferir R$ 200 bilhões para o Tesouro Nacional. Outros R$ 100 bilhões virão da desalavancagem dos bancos públicos. O ministro conta, ainda, com o pagamento de dividendos desses mesmos bancos, bem como com o IPO da Caixa Seguridade, recentemente suspenso, devido à volatilidade do mercado.

Esse cenário deixa Guedes tranquilo de que não haverá problemas de rolagem da dívida. “Esse governo está relativamente equacionado”, disse.

Realizado desta segunda (23) a sexta-feira (27), o evento Investidor 3.0 reunirá alguns dos grandes nomes brasileiros da economia e das finanças. Nesta manhã, o pontapé inicial foi dado com uma conversa com Gilson Finkelsztain, CEO da B3.

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