Abiove defende política própria para ‘diesel verde’, separada do biodiesel
A Petrobras já anunciou que realizou com sucesso testes em escala industrial para a produção do combustível, via coprocessamento (Imagem: Agência Brasil/Arquivo)
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (💥️Abiove) defendeu em reunião com o 💥️governo federal na quinta-feira que o mandato de 💥️biodiesel seja “apenas de biodiesel”, e que o chamado “diesel verde” seja estimulado em política própria, disse a entidade em nota.
A manifestação ocorre em momento em que a Petrobras e outros agentes representados pelo Instituto Brasileiro de 💥️Petróleo e 💥️Gás (IBP) pleiteiam a regulamentação do chamado “diesel verde” e sua inserção nos mandatos de mistura obrigatória.
A 💥️Petrobras (💥️PETR3;💥️PETR4) já anunciou que realizou com sucesso testes em escala industrial para a produção do combustível, via coprocessamento.
O coprocessamento, contudo, não resulta em um produto que pode ser comparável ao biodiesel, afirma a indústria do biocombustível.
O biodiesel é todo feito a partir de produtos renováveis, e o “diesel verde” é resultado de um processamento com o combustível fóssil.
A Abiove participou na véspera de um encontro com a💥️ ministra da Agricultura, 💥️Tereza Cristina, e o💥️ ministro de Minas e Energia, 💥️Bento Albuquerque, para tratar sobre os desafios e oportunidades do biodiesel no 💥️Brasil.
Na ocasião, as demandas foram entregues por meio de um ofício conjunto com outras associações de produtores, a Aprobio e Ubrabio.
“É preciso trabalhar para que tenhamos uma matriz diesel cada vez mais renovável, preservando a progressão do aumento da mistura de biodiesel… e desenvolvendo um Programa Nacional para ao Diesel Verde em separado do biodiesel, considerando suas especificidades físicas, químicas e econômicas”, disse André Nassar, presidente da Abiove.
De acordo com a associação, há grande potencial de substituição de combustíveis fósseis no diesel comercial, sem que seja necessário a interferência no mandato do biodiesel, previsto para chegar a uma mistura de 15% no diesel comercial em 2023.
Em 2023, o volume de diesel B comercializado nos postos de combustíveis brasileiros contou com 89% do diesel A na sua composição, sendo que cerca de 24% deste produto foi importado para suprir a demanda nacional, observou a Abiove.
“O biodiesel é hoje o único produto no mercado com capacidade de diminuir a necessidade de importações, uma vez que o parque industrial do biodiesel já tem potencial para atender a mistura obrigatória de 22% de biodiesel no diesel comercial (B22)”, afirmou a entidade.
Além disso, a associação defendeu que o Selo Combustível Social continue sendo requerido para a comercialização de biodiesel, medida que reforça a diferenciação do biodiesel brasileiro frente ao estrangeiro.
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