Ação da Vivo pode valer 5% mais com incorporação da área móvel da Oi
Em um cenário que considera a consolidação dos ativos da Oi, o preço-alvo sugerido pelo Safra, atualmente de R$ 58, poderia aumentar em torno de 5%, para R$ 61 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)
A ação da 💥️Vivo (💥️VIVT3) está atrativa mesmo sem a incorporação dos ativos móveis da 💥️Oi (💥️OIBR3). O 💥️Safra aumentou o preço-alvo para o papel da companhia de R$ 56 para R$ 58, o que implica um potencial de 30% em relação à cotação atual, de R$ 44,55. Em um cenário que considera a consolidação da Oi Móvel, o preço-alvo sugerido pela instituição poderia aumentar em torno de 5%, para R$ 61.
“Após a aprovação regulatória para a venda da unidade móvel da Oi, a Vivo deve consolidar sua posição dominante no setor, apesar de não ter ficado com a maior fatia dos ativos”, afirmaram os analistas Luis Azevedo e Silvio Dória.
O consórcio formado por Vivo, 💥️TIM (💥️TIMS3) e 💥️Claro venceu o leilão da Oi Móvel, que levantou R$ 16,5 bilhões. A TIM ficou com 44% dos valores de Preço Base e Serviços de Transição (R$ 7,3 bilhões) e terá 14,5 milhões de clientes da Oi, o que corresponde a 40% da base total, enquanto a Claro, por R$ 3,7 bilhões, terá 32% dos clientes transferidos para suas operações.
Já a Vivo, que ficou com 33% do preço de compra, terá 10,5 milhões de clientes da Oi, ou 29% da base total. Com isso, a base de consumidores móveis da companhia aumentará para 88,2 milhões ao fim de 2023, o maior no segmento.
“Somada a ajustes de preços mais racionais no setor no médio e longo prazos, o que reduz o risco de guerra de preços, a incorporação dos ativos móveis da Oi deve trazer um aumento na receita, diluição de custos e melhora nas margens operacionais da Vivo”, afirmaram os analistas.
O Safra trabalha com um cenário que considera que o acordo será aprovado no fim deste ano. Segundo o banco, a Vivo deve levar em torno de seis meses para absorver os clientes da Oi. O impacto total nos resultados deve ocorrer apenas em 2023, com os ativos da Oi Móvel adicionando receita líquida de R$ 2 bilhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,1 bilhões. A margem Ebitda consolidada da Vivo deve expandir em aproximadamente 100 pontos-base.
Os benefícios da incorporação também são expressivos no médio prazo. Entre 2023 e 2024, o Ebitda ajustado projetado pelo Safra nesse cenário aumenta em média 8%. Sem a Oi, o Ebitda deve crescer apenas 5% no mesmo período.
O Safra estima dividend yield de 7% para a Vivo em 2023 (Imagem: Divulgação/Vivo)
Boa pagadora de dividendos
A tese de investimento da Vivo é caracterizada por retornos atrativos para os investidores, defendeu o Safra. O modelo combina forte geração de caixa (o que leva a bons 💥️dividendos [expectativa de dividend yield de 7% para 2023]) e fundamentos sólidos, principalmente considerando o potencial de crescimento pela consolidação do mercado móvel e da transição dos negócios fixos da companhia para serviços de banda larga mais velozes.
No curto prazo, a Vivo continuará colhendo os efeitos de sua posição de liderança no segmento móvel ao mesmo tempo que mantém uma geração de fluxo de caixa livre robusta, mesmo com o plano agressivo de distribuição da rede de fibra óptica, o FTTH (Fiber to the Home, ou Fibra para o Lar traduzido para o português).
O Safra manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis da companhia.
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