Preços dos 15 principais produtos agropecuários brasileiros tiveram alta no 1º trimestre
A maior valorização em janeiro, fevereiro e março de 2023 em relação aos três primeiros meses de 2023 foi da 💥️soja (94,2%) (Imagem: Pixabay / Victoria_Borodinova )
Os 15 principais produtos agropecuários brasileiros tiveram alta de preços no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. A análise faz parte da nota de conjuntura Mercados e Preços Agropecuários, divulgada hoje (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (💥️Ipea), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (💥️Cepea/Esalq/USP) e com a Companhia Nacional de Abastecimento (💥️Conab).
As maiores valorizações em janeiro, fevereiro e março de 2023 em relação aos três primeiros meses de 2023 foram na 💥️soja (94,2%), no 💥️algodão (66,3%), no 💥️milho (61,7%), no 💥️boi gordo (52,4%) e no 💥️trigo (51%).
Já na comparação com o quarto trimestre de 2023 tiveram alta a soja (4,7%), o milho (13,4%), o trigo (10,6%), o algodão (24%), o 💥️café (21,2%), o 💥️açúcar (4,2%), o 💥️etanol hidratado (18,5%), o etanol anidro (12,3%) e o boi gordo (10,3%).
Por outro lado, tiveram queda de preços em relação ao último trimestre do ano passado a carne suína (17,5%), a carne de 💥️frango (1,9%), o ovo (15,6%), o 💥️leite (6,6%), o 💥️arroz (13,6%), a batata (10%), a 💥️laranja (6%) e a 💥️banana (15%).
De acordo com o Ipea, as principais✅ commodities (produtos primários com cotação em mercados internacionais) agropecuárias continuaram sofrendo impacto do câmbio e da alta dos preços internacionais. “Para o Brasil, a desvalorização do real ante o dólar contribuiu para manter os preços das ✅commodities ainda mais atrativos em moeda local”, destaca a análise, segundo a qual, a demanda mundial aquecida e os estoques baixos contribuíram para boa parte da alta dos preços internacionais.
Apesar disso, o câmbio também teve efeitos adversos sobre as culturas brasileiras que dependem de insumos importados, encarecendo o custo de produção, ressalta o Ipea.
Na demanda externa, a pesquisa revela que continuaram altos os volumes exportados para a China e outros países asiáticos. Já na demanda interna, a redução do funcionamento dos bares e restaurantes, além dos possíveis impactos do agravamento da pandemia sobre a renda das famílias contribuíram para a queda de preços domésticos do arroz, leite, de hortifrutícolas e de carnes suínas e de frango.
Grãos
Principal produto do agronegócio brasileiro, a soja deve atingir, em 2023, o recorde de exportações da série histórica, com 85,6 milhões de toneladas, o que representa 50% das vendas mundiais do grão. A demanda externa aquecida deve continuar a pressionar o preço doméstico da soja – somente a China consome cerca de 31,6% da safra mundial.
No caso do milho, o Ipea diz que o clima seco atrasou a semeadura e tende a pressionar alta nos preços. Está previsto um cenário favorável no segundo semestre, caso o clima contribua para a evolução da segunda safra.
Para o arroz, há expectativa de retomada do consumo no segundo trimestre do ano, após vendas aquém do esperado nos primeiros meses do ano.
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