Pior seca do Brasil em quase um século impacta navegação em hidrovias
Freitas também afirmou que o governo precisará ligar as térmicas para garantir fornecimento de energia (Imagem: REUTERS/Stephen Eisenhammer)
A pior crise hídrica no 💥️Brasil em quase um século irá impactar a navegação em hidrovias e encarecer o 💥️transporte por este modal no maior exportador mundial de 💥️commodities como 💥️soja, 💥️café e 💥️açúcar.
Nesta quarta-feira, o ministro de 💥️Infraestrutura, 💥️Tarcísio de Freitas, afirmou que medidas para economizar água e direcionar recursos hídricos à geração de energia iriam inevitavelmente afetar a navegação na hidrovia Tietê-Paraná, a que mais está sofrendo com a seca prolongada no coração de alguns dos principais Estados agrícolas do Brasil.
Freitas afirmou que o governo irá reduzir o calado na bacia do rio Paraná, o que interromperá a movimentação fluvial de cargas de Estados como 💥️Goiás, 💥️Minas Gerais, 💥️São Paulo, 💥️Paraná e 💥️Mato Grosso do Sul. A bacia forma parte da quarta maior hidrovia do Brasil para o transporte de cargas.
“Se as empresas não conseguem usar o rio para movimentar mercadorias por causa da queda do nível da água, elas recorrem ao transporte rodoviário, disse o coordenador de pesquisas de logística da Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq), Thiago Péra. “Isso vai aumentar o custo do frete, já que os preços do diesel estão subindo”.
Péra afirmou que uma eventual redução do nível de água no sistema Tietê-Paraná poderia ter um maior impacto nos trajetos mais longos, enquanto viagens mais curtas ainda seriam possíveis.
Ele acrescentou que devido à interrupção da navegação no sistema em 2014, operadores estão mais preparados para situações como essa.
Ao mesmo tempo, o problema dificultou investimentos para melhorar a hidrovia, que também é usado para importar grãos do Paraguai.
No ano passado, quase 3,9 milhões de toneladas de produtos, incluindo soja e milho, foram movimentados pela bacia do Paraná, de acordo com dados da reguladora de portos Antaq.
Isso representa uma queda em relação a uma média de 5,6 milhões de toneladas entre 2017 e 2023, mostraram os dados.
Freitas também afirmou que o governo precisará ligar as térmicas para garantir fornecimento de energia, já que o potencial de geração das hidrelétricas do Brasil está comprometido pela seca.
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