CNC: confiança do comerciante diminui 0,4% em setembro

Comércio

Segundo a CNC, a redução ocorreu depois de o índice ter acumulado alta de 30,7% desde junho (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A confiança do comerciante brasileiro diminuiu 0,4% em setembro, registrando no mês 119,3 pontos.

Apesar de ser a primeira queda depois de três altas seguidas, o indicador se mantém na zona de satisfação, acima dos 100 pontos.

Os dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) foram divulgados hoje (21) pela 💥️Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo a CNC, a redução ocorreu depois de o índice ter acumulado alta de 30,7% desde junho.

Na comparação com o mesmo período de 2023, o aumento do Icec foi de 30,2%, com padrão de confiança acima do primeiro ano da pandemia.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os dados reforçam a ideia de recuperação do setor, mas ainda há muitos desafios para serem enfrentados até a economia brasileira retomar níveis mais altos de crescimento.

“A queda da confiança empresarial pode estar associada à pressão sobre os custos da alta dos 💥️combustíveis, do aumento da tarifa de 💥️energia elétrica e por conta da crise hídrica, além de refletir as expectativas com relação aos efeitos da 💥️inflação sobre o consumo”.

Componentes

No mês, todos os componentes do Icec caíram, pela primeira vez desde abril, quando o índice registrou 6,4%.

Porém, a CNC aponta que, mesmo com a queda de 0,9% no indicador que avalia as expectativas do empresário, ele permanece dentro da região de satisfação, com 153,9 pontos.

O indicador que avalia as intenções de investimentos caiu 0,7%, ficando em 104,2, também na região de satisfação.

O único subíndice que ficou abaixo foi o que analisa as condições atuais do empresário, que chegou a 99,7 pontos com a queda de 0,3%.

Para a economista da CNC, Izis Ferreira, a queda não pode ser interpretada como uma tendência, já que o avanço da vacinação contra a 💥️covid-19 aponta redução da pandemia.

“Pode estar associada a uma relativa acomodação empresarial causada pelo crescimento anterior. Fatores como inflação, desemprego e possibilidade de aumento dos 💥️juros também podem ter contribuído para a deterioração das expectativas em geral”.

De acordo com ela, a aproximação do Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro e historicamente uma data importante para o varejo, deve ajudar a equilibrar a desconfiança evidenciada nesse mês.

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