Criptoativos voltam a apresentar estabilidade após recente queda; confira análise semanal

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No dia 10 de novembro, o preço do bitcoin chegou a atingir US$ 69 mil em grandes corretoras, como Coinbase (Imagem: unsplash/Executium)

Os mercados de ativos digitais parecem estar se estabilizando, tendo encontrado um suporte após a queda na última quarta-feira (10). O bitcoin (BTC) terminou a semana passada com um aumento de 3%, sendo negociado por volta dos US$ 64,1 mil.

No dia 10 de novembro, o preço do BTC chegou a atingir US$ 69 mil em grandes corretoras. Já Ethereum (ETH) e Binance Coin (BNB), o segundo e terceiro maiores ativos do mercado, tiveram quedas de 1% na semana passada.

Os mercados de risco despencaram na quarta-feira, após preocupações ligadas à possível inadimplência de empréstimos da construtora chinesa Evergrande. No final das contas, a companhia conseguiu evitar uma crise e foi capaz de fazer pagamentos de dívidas de última hora.

Na quinta-feira (11), a Bloomberg confirmou que os clientes da câmara de compensação Clearstream receberam o pagamento relativo a juros vencidos sobre três títulos da Evergrande denominados em dólar.

Evergrande teve de realizar essa última rodada de pagamentos antes de o período de 30 dias ter terminado na quarta-feira passada. Embora a demora dos pagamentos tenha gerado ansiedade no mercado, parece que a Evergrande foi capaz de reestruturar seu débito por enquanto.

Uma série de artigos na mídia estatal chinesa indicou que o suporte à companhia estava a caminho, o que ajudou a reduzir o estresse nos mercados.

Um outro fator por trás da seriedade da queda do preço do bitcoin, ao sair de US$ 69 mil para abaixo de US$ 63 mil, foi o mercado de derivativos superalavancados.

Dados da Coinglass indicam que US$ 536 milhões em posições de compra de bitcoin foram liquidados na quinta-feira. Isso resultou em um “squeeze de compra” no dia 11 de novembro.

“Squeeze de compra” acontece quando negociadores em posição de compra são forçados a encerrar suas posições (com perdas), devido a uma queda repentina no preço.

Esses negociadores são forçados, por meio da venda, a salvar as posições rapidamente antes que o preço caia ainda mais. O fácil acesso à alavancagem em cripto acentuam esse fator.

Além de a Evergrande ter evitado a inadimplência de seus empréstimos, outro motivo por trás da recuperação do bitcoin é o sentimento positivo ligado à Taproot, uma importante atualização na rede Bitcoin.

Taproot foi ativada no domingo (14) após quatro anos de desenvolvimento. A atualização foi comemorada na comunidade cripto, além de ser menos polêmica que a última atualização da rede, a “Testemunha Segregada” (“Segregated Witness” ou “SegWit”, em inglês), ativada em 2017.

Os desacordos ligados à execução da SegWit foram o principal motivo por trás da bifurcação (“hard fork”) que gerou a Bitcoin Cash (BCH), em 2017.

Taproot é uma atualização com foco em melhorias de back-end, como agregação de assinaturas. Como resultado da Taproot, usuários de transações com multiassinaturas terão maior privacidade, as capacidades da Lightning Network deverão ser expandidas, e a rede poderá ter soluções avançadas em contratos autônomos no futuro.

O que vem por aí esta semana?

16 de novembro: Vechain inicia atualização para modelo de consenso POA2.0

O projeto VeChain começará a fase 1 da ativação em seu blockchain VeChainThor, à medida que transações se movem para seu novo modelo de consenso POA2.0.

“Essa importante atualização para a rede melhora o caráter definitivo e a segurança de dados, ao combinar de modo único os dois tipos de consenso mais comum – os mecanismos de Sakamoto e Problema dos Generais Bizantinos”, explica VeChain.

O token nativo do projeto – VET – teve um aumento de 33% no mês passado.

17 e 18 de novembro: conferência Stellar Meridian

Nesta semana, a equipe da Stellar (XLM) irá realizar sua conferência anual da comunidade, com o tema “desenvolver localmente, impactar globalmente”.

Palestrantes da conferência, que recebeu o nome de “Meridian”, incluem Dante Disparte, diretor de estratégia da Circle, e Jed McCaleb, cofundador e diretor de arquitetura da Stellar Development Foundation.

No passado, McCaleb foi convidado para a conversa cripto da Brave New Coin, em que discutiu as intenções da Stellar para melhorar, ao invés de substituir, o sistema financeiro existente. O preço do token XLM subiu 3% na semana passada. 

(Imagem: Brave New Coin)

A última semana foi mista para os dez ativos com as maiores capitalizações de mercado, sendo que a maioria deles foi afetada pelos fatores que atingem os mercados de risco, pela inflação maior do que o esperado nos Estados Unidos e pelos temores ligados à Evergrande.

A fornecedora de dados Santiment informou que a atividade de Atividade de Endereço na Ethereum continua a subir, apesar do recente aumento no preço do ativo. O ETH subiu cerca de 21% em outubro.

Os usuários estão entrando na rede, apesar de seu preço “caro” atualmente e das altas taxas de transação.

Gráfico do preço do bitcoin

BLX 1511-min

(Imagem: Brave New Coin)

Um forte momento para o preço do bitcoin foi visto na quinta-feira (11), quando o BTC, na BLX, chegou a US$ 68.944.

O site Glassnode informou que uma grande quantidade de moedas, aproximadamente 474 mil BTC, foi gasta quando o bitcoin estava acima dos US$ 65 mil. Isso indica que ainda há novos compradores comprometidos com o mercado de BTC que ainda estão mantendo uma perda ainda não percebida.



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