Dólar recua ante real com dados decepcionantes dividindo foco com Copom e PEC dos Precatórios
Às 10:22 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,23%, a 5,6077 reais na venda (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)
O 💥️dólar recuava ligeiramente contra o 💥️real nesta quarta-feira, embora tenha chegado a apresentar leve alta mais cedo, com dados domésticos mais fracos do que o esperado dividindo atenções com a reunião de política monetária do 💥️Banco Central e o acordo no 💥️Congresso para fatiar a 💥️PEC dos Precatórios.
Às 10:22 (💥️horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,23%, a 5,6077 reais na venda, depois de oscilar entre 5,6022 reais na mínima (-0,32%) e 5,6372 reais no pico do dia (+0,30%).
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,19%, a 5,6355 reais.
Alexandre Almeida, economista da CM Capital, atribuiu as máximas do pregão à notícia de que as vendas no varejo brasileiro caíram 0,1% em outubro, contrariando expectativa de alta em relação ao mês anterior e endossando preocupação nos mercados sobre o desempenho da atividade doméstica.
Ele lembrou que investidores já haviam ficado decepcionados na semana passada por dados ligeiramente piores do que o esperado sobre o 💥️Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que recuou 0,1% no terceiro trimestre, deixando a economia em recessão técnica.
Com os dados piores do que o esperado dividindo os holofotes com o encontro do 💥️Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, “devemos ter volatilidade ao longo do dia”, com o dólar oscilando entre perdas e ganhos, disse Almeida.
Ao fim de sua reunião de dois dias, que se encerra nesta quarta-feira após o fechamento dos mercados, o BC deve anunciar alta da taxa Selic para 9,25% ao ano, ante atuais 7,75%, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas.
Mais do que o ajuste nos juros em si, o comunicado da autarquia deve concentrar o foco de investidores nesta quarta-feira, conforme especialistas especulam sobre possíveis indicações de alteração no ritmo de aperto monetário para as próximas reuniões do Copom, em meio a sinais recentes de desaceleração da atividade.
“Cresceram os riscos baixistas para a inflação futura, diante da desaceleração da atividade econômica e do arrefecimento dos preços internacionais de commodities, que já se refletiu nos preços do atacado”, escreveram economistas do Bradesco em relatório.
Juros mais altos no Brasil elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, o que tenderia a atrair mais recursos estrangeiros para o país, aumentando a demanda pelo real.
Enquanto isso, em Brasília, os presidentes do Senado, 💥️Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, 💥️Arthur Lira (PP-AL), anunciaram na terça-feira acordo em torno da PEC dos Precatórios que envolve a promulgação nesta semana de parte da medida e a votação de trechos divergentes nas duas Casas antes do recesso parlamentar.
O acordo garante o espaço fiscal para pagamento do Auxílio Brasil, uma vez que a lista de temas de consenso entre Câmara e Senado já inclui a mudança no prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O governo federal publicou na noite de terça-feira, em edição extra do Diário Oficial da União, medida provisória que institui o chamado Benefício Extraordinário, garantindo o pagamento em dezembro de 400 reais às famílias contempladas pelo programa Auxílio Brasil.
Almeida, da CM Capital, disse que o “fatiamento trouxe um pouco de alívio; mostra que tramitação no Congresso está andando e gera um pouco de calmaria” depois de um longo período de incertezas sobre como o 💥️governo federal faria para financiar seu programa de auxílio financeiro à população.
Na última sessão, a moeda norte-americana à vista registrou queda de 1,27%, a 5,6204 reais na venda.
💥️(Atualizada às 10:59)
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