Pré-Mercado: Mais volatilidade já era esperada na semana dos bancos centrais

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A manhã reserva sentimentos mistos para os mercados internacionais. Lá fora, as ações corrigiram na Ásia depois do recuo de ontem (13) em Wall Street, que devolveu seus níveis recorde recentes encontrados. Houve também preocupação em Hong Kong com o setor imobiliário chinês, sentimento que contaminou a performance de outras localidades asiáticas, como Japão e Coreia do Sul, impedindo uma digestão positiva dos dados de produção japoneses, que foram revisados para cima.

Dada a grande influência que os bancos centrais ao redor do mundo têm nos mercados financeiros desde a crise de 2008, não é surpreendente que os investidores possam ficar nervosos com a chegada desta semana. Cerca de 20 bancos centrais se reunirão nos próximos dias, quando as questões sobre a inflação e a variante ômicron estão sob os holofotes dos mercados – chamou atenção a primeira morte por ômicron no Reino Unido, o que propiciou um humor negativo nos mercados.

A ver…

Hoje (14), no Brasil, o Banco Central divulga ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando o colegiado aumentou de 7,75% para 9,25% a taxa básica de juros (Selic) com um discurso bastante “hawkish” (contracionista). Diante do IPCA subsequente à reunião, que veio abaixo do esperado, há quem aguarde uma ata corrigindo o tom da autoridade monetária, mas as leituras são mistas.

Em meio aos inúmeros críticos à atuação recente de Roberto Campos Neto, alguns sinais de que o presidente do BC acertou já podem ser verificados, como o ponto de inflexão nas expectativas no relatório Focus.

Pela primeira vez depois de meses, tivemos as expectativas de inflação caindo (para 2023, 2023 e 2024). Na margem, pareceu positivo, visto que poderia ser uma sinalização inicial da ancoragem proporcionada pelo aperto monetário que vivemos.

Mas nem só de ata do Copom vive o mercado nesta terça-feira. No âmbito político, a Câmara pode analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata dos precatórios, finalizando de vez a discussão (temos até dia 22 para resolver a questão, caso empaque mais uma vez).

A Câmara também pode votar o Novo Refis, a BR do Mar e o novo Marco de Ferrovias – ontem, a Casa aprovou o texto-base do projeto de lei do novo marco das ferrovias por votação simbólica, mas a votação dos destaques foi adiada, podendo ser realizada ainda hoje.

Entre as várias reuniões desta semana, a mais importante, é claro, é o encontro de dois dias entre os formuladores de políticas do Federal Reserve, que começa hoje e será encerrado amanhã, com a divulgação da decisão.

Diante de um aumento relevante da inflação para próximo de 7%, o Fed deve indicar na quarta-feira que vai acelerar a redução da compra de títulos, potencialmente para US$ 30 bilhões por mês em vez dos US$ 15 bilhões anteriormente contratados, o que abriria caminho para aumentos das taxas de juros antes do previsto.

De acordo com alguns levantamentos de mercado, a probabilidade de pelo menos um aumento na taxa de juros até a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de 4 de maio de 2022 é agora de 54%. Três aumentos até o final do próximo ano são o cenário mais popular. Para entender melhor este movimento, o chamado “gráfico de pontos” do Fed, com as projeções de aumento de taxas, será altamente interessante.

Da última vez que foi publicado, em setembro, o gráfico de pontos mostrou que os membros do comitê estavam divididos igualmente entre uma alta gradual e nenhuma alta sequer em 2022. Isso certamente mudou, mas até que ponto é a questão.

Segundo a própria Pfizer, três doses contra a ômicron têm resultado equivalente a duas doses contra a cepa original do coronavírus. Isso significaria altos níveis de anticorpos e eficácia de 95%, embora os dados coletados no estudo tenham sido baseados em um pseudovírus, ou uma cepa construída em laboratório.

Agora, a Pfizer está procurando produzir os mesmos resultados com o vírus real – os resultados serão publicados em uma ou duas semanas, mas a prova final virá de dados do mundo real no final do mês.

Com dados mais precisos, a Pfizer determinará se uma vacina específica para a ômicron será necessária. A empresa já trabalha com um imunizante visando a variante e disse que pode ficar pronto no final de março.

Enquanto isso, até lá, a ideia é que os tratamentos com a pílula antiviral oral da Pfizer, Paxlovid, ajudarão a prevenir hospitalizações e controlar a Covid-19 durante o inverno. Com o passar do tempo, a companhia quer desenvolver vacinas mais adaptáveis, que fujam da eventual necessidade de produzir outro imunizante.

Em Israel, já se discute a autorização de uma quarta dose de reforço contra a Covid para pacientes considerados dentro dos grupos de risco. A iniciativa pode servir para criar um programa para administrar anualmente a vacina, como acontece no caso da gripe. No momento, as vacinas são a melhor forma de combater a pandemia.

No Brasil, além da ata do Copom e da agenda principal em Brasília, vale acompanhar a Comissão Especial da Câmara que analisa a liberalização do mercado de energia elétrica, podendo votar o parecer do relator. Adicionalmente, na esfera econômica, o volume de serviços do IBGE a ser divulgado hoje pode dar mais cor sobre a atividade nacional, podendo ser mais uma prova de que a recuperação do setor se esgotou, o que aliviaria as pressões inflacionárias.

No exterior, contamos com produção da Zona do Euro, que não deve trazer muita novidade, uma vez que já temos os números regionais. Nos EUA, por sua vez, contamos com o índice de preços ao produtor para novembro. A estimativa do consenso é de um aumento de 0,55% em relação ao mês anterior, e para o núcleo do PPI, que exclui alimentos e energia, um ganho de 0,4%. Isso seria uma desaceleração frente aos ganhos em outubro. O PPI é uma indicação melhor do poder de precificação corporativa do que os preços ao consumidor – dados recentes sugerem que o poder de precificação nos EUA atingiu seu pico no primeiro semestre deste ano

Cada vez mais se verifica alívio nas cadeias de suprimentos globais. Para ilustrar, o congestionamento dos portos está diminuindo, os preços de envios estão caindo dos níveis altíssimos e as entregas estão acelerando na margem.

Vale recordar que as redes de logística ficaram sob enorme pressão quando a economia mundial foi paralisada no início da pandemia, reabrindo em seguida muito rapidamente. Consequentemente, a demanda por produtos disparou e as cadeias de suprimentos passaram a atuar sob pressão. Surtos de coronavírus e protocolos de saúde mal elaborados aumentaram a confusão em todo o mundo.

Hoje, porém, as coisas parecem mudar de figura.

Isso não quer dizer que o problema nas cadeias tenha acabado. Longe disso, na verdade, a depender do setor e da região. Isso porque em vários lugares a situação pode não voltar ao normal tão cedo.

Ainda assim, há evidências de que os gargalos estão começando a se desobstruir. Isso é encorajador, visto que o estresse sem precedentes nas cadeias de suprimentos contribuiu significativamente para os níveis históricos de inflação ao redor do mundo, inclusive no Brasil.

Assim, apesar da incerteza e de sabermos que ainda pode levar bastante tempo para que as cadeias de abastecimento em todo o país sejam totalmente restauradas, o pior parece ter ficado para trás. Caminhamos para a normalidade.

Um abraço,
Jojo Wachsmann

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