Bolsonaro sobre acordo UE-Mercosul: França não aceita que entremos nesse comércio
“A França, por exemplo, não aceita a gente entrar nesse comércio. E você precisa da aprovação de todos os países da União Europeia”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/ Adriano Machado)
O presidente 💥️Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 10, que o 💥️Mercosul “sempre foi instável” e tem “prós e contras”. Em entrevista à Rádio Sarandi, do Rio Grande do Sul, o chefe do Executivo ressaltou o acordo entre a 💥️União Europeia e o grupo de países sul-americanos, fechado em seu governo, mas lamentou as dificuldades para a implementação do pacto comercial.
“A França, por exemplo, não aceita a gente entrar nesse comércio. E você precisa da aprovação de todos os países da União Europeia”, disse. Bolsonaro tem um histórico de atritos com o presidente da 💥️França, 💥️Emmanuel Macron, por causa do desmatamento na 💥️Amazônia e de incêndios florestais no Brasil. A preservação do meio ambiente, especialmente no caso do Brasil, é um dos principais entraves para a implementação do acordo bilateral UE-Mercosul.
O presidente citou também o fato de o Uruguai querer fazer um acordo comercial diretamente com a China, fora das regras do Mercosul. “É um problema que a gente enfrenta. Estamos tratando desse assunto. O Mercosul é uma coisa que todo dia deve ser tratado”, declarou Bolsonaro. “Eu, particularmente, entendo que a gente livre poderia ser bem melhor para nós. Mas a gente respeita o que foi feito lá atrás no tocante ao Mercosul”, acrescentou.
ICMS
Jair Bolsonaro voltou, na entrevista, a defender uma alíquota única do Imposto sobre 💥️Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre 💥️combustíveis nos 💥️Estados.
O chefe do Executivo lembrou que protocolou uma ação no💥️ Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado, contra os governadores sobre o valor do tributo.
“O ICMS é um dos itens que mais pesa no preço do combustível”, disse Bolsonaro. “Por que é esse valor? Cada Estado bota o porcentual que bem entende”, criticou. “Outra coisa que pesa também é a paridade com o preço internacional. No governo Temer, resolveu-se fazer uma paridade da gasolina aqui no Brasil com a lá de fora”, acrescentou.
A política de preços da Petrobras acompanha a variação dos preços da commodity no mercado internacional e do dólar.
O presidente também criticou o fato de o País não conseguir refinar petróleo suficiente para o consumo interno. Na semana passada, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro já havia dito que o alto preço dos combustíveis no Brasil é resultado da cobrança de ICMS nos Estados, que ele considerou “fora do normal”, e da “roubalheira” dos governos do PT.
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