Web3: O que a próxima fase da internet promete para as marcas e consumidores?

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Com a aproximação da Web3, consumidores e marcas serão impactos pelo que a internet poderá oferecer (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

💥️Web3, 💥️NFTs, 💥️blockchain, 💥️metaverso. Se essas palavras ainda não fazem parte do seu cotidiano, é bom correr: elas serão a própria estrutura da internet.

Durante a última 💥️SXSW — South by Southwest —, as tendências para esse novo momento estiveram na pauta de diversos painéis, enfatizando a descentralização trazida por esse modelo da rede.

As rápidas transformações digitais, ainda mais aceleradas pela pandemia, trouxeram mudanças estruturais e de comportamento, apontando para um futuro cada vez mais hiperconectado.

No entanto, se hoje somos usuários navegando nas “ondas da web”, uma nova era está se tornando realidade — e chegará com força total no futuro próximo, em que seremos capitães de nossos próprios barcos, tendo o controle de nossos dados e a direção de para onde queremos navegar.

Nessa nova web, voltamos a ter nossa identidade, agora armazenada numa carteira virtual. Ao invés de dispersos e sob o controle das big techs, nossos dados ficam na rede blockchain, sob nossa posse — e não de outras plataformas, o que já é a base de ativos como as criptomoedas e NFTs.

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“Embora a estrutura seja nova, algo não muda na Web3: o indivíduo permanecerá no centro de tudo”, afirma Ribas (Imagem: Divulgação)

Essa independência do usuário, agora como membro da internet descentralizada, favorece também a incursão no metaverso, onde poderemos figurar com nossa personalidade e poder ativo do que somos e para onde vamos.

Um modelo que atende às expectativas dos consumidores, que hoje têm cada vez mais buscam ter o controle de seus dados, hoje sob a guarda de big techs como Google, Facebook, Twitter e Apple. Uma dependência que nos torna vulneráveis diante dessas companhias, cuja integridade foi questionada após vazamentos como o da Cambridge Analytica, ou o poder dos algoritmos, capazes de direcionar nossos comportamentos e interesses.

Impacto nas marcas e consumidores

Estar atento a essas mudanças é um fator primordial, também, para as marcas. A hiperconexão resultou em novos níveis de exigência, como a necessidade de adaptar suas estratégias e negócios para um mundo centrado nas grandes plataformas.

Não há mais como ditar em quais os canais as empresas querem ou podem interagir, adaptando-se ao que surge a cada momento. A presença na Web3 e no metaverso será imprescindível, bem como a capacidade de atender às demandas dos membros dessa nova internet, que poderão negociar produtos e serviços por meio de suas carteiras associadas ao blockchain.

Embora a estrutura seja nova, algo não muda na Web3: o indivíduo permanecerá no centro de tudo. E se as 💥️marcas já precisavam estar atentas a isso, o futuro torna esse movimento crucial para a sobrevivência no mercado.

É preciso entender e entregar valor para as pessoas, responder às suas expectativas atuais e vindouras, conectando-as aos objetivos de negócio. Cada vez mais, será fundamental compreender os pontos de contato com os clientes e ter capacidade de oferecer uma experiência relevante.

Sinteticamente, os consumidores querem ter o controle de suas informações, mas sem abrir mão de uma experiência personalizada. Com a Web3, esse quadro direcionará o futuro da comunicação, das relações e dos próprios negócios. Se sua marca ainda não está atenta a esses movimentos, é hora de prestar atenção.

A Web3 vem para ser uma revolução, mas também um recomeço da internet de acordo com os ideais que a fundaram: com o indivíduo no centro — e com poder para escolher para onde quer seguir.

💥️Roberto Ribas é Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia. Com 22 anos de experiência, ao longo da trajetória, concebeu a metodologia BXM (Brand Experience Management) e sempre esteve na liderança de times multidisciplinares, na concepção e desenvolvimento de projetos de estratégias de marca e transformação digital para grandes marcas. Atuou no fortalecimento do setor, sendo co-fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (ABRADi/RS). É formado pela UFRGS e tem especialização em Marketing pela ESPM.

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