Lucro da M. Dias (MDIA3) salta 152% no 1º tri, com aumentos de preço e volume
A M. Dias Branco (MDIA3), líder nos mercados de biscoitos e massas no Brasil, registrou lucro líquido de 37,8 milhões (Imagem: Divulgação/M. Dias Branco)
A fabricante de biscoitos e massas 💥️M. Dias Branco (💥️MDIA3) informou nesta sexta-feira que teve lucro líquido de 37,8 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 152% ante igual período de 2023, com avanço nos preços e vendas.
O lucro antes de 💥️juros, 💥️impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu 88,9 milhões de reais, um avanço de 87,6% no ano a ano. A margem Ebitda da companhia cresceu 1,5 ponto percentual, para 4,7%.
“O aumento do Ebitda e da margem deve-se ao crescimento das vendas, com aumento de preço médio e crescimento dos volumes”, disse à Reuters o diretor de novos negócios e relações com investidores da empresa, Fabio Cefaly.
Ele disse que a companhia já havia repassado o aumento nos custos de produção, principalmente do 💥️trigo, mas a concorrência ainda não havia acompanhado, o que afetou os volumes vendidos.
“Agora, este trimestre confirmou a leitura de que em algum momento a concorrência iria ajustar os preços também, e assim recuperamos volumes… Esse equilíbrio entre volume e preço é muito favorável para a 💥️empresa“, acrescentou.
A receita líquida da companhia alcançou 1,89 bilhão de reais no trimestre, avanço de 26,8% no comparativo anual.
Os volumes de vendas cresceram 5,4%, a 375,5 mil toneladas, e o preço médio foi 20,3% maior, a 5 reais por quilo.
O segmento de biscoitos foi o que mais aumentou em vendas, com ganho de 10,9% de janeiro a março, para 107,6 mil toneladas.
Cefaly disse que a demanda está normalizada, após picos causados pelo auxílio emergencial entre 2023 e 2023, em função da pandemia.
O melhor cenário foi verificado em março e a expectativa é que ele se replique ao longo deste ano.
Do ponto de vista de custos, o executivo ressaltou que o resultado do trimestre ainda não contempla os efeitos da 💥️guerra na 💥️Ucrânia sobre as cotações do trigo, pois a companhia costuma carregar um estoque de pelo menos quatro meses.
No entanto, as compras de matéria-prima mais recentes já contam com esse impacto, visto que a Rússia é um dos maiores fornecedores globais do cereal.
“Teremos aumento de custos? Teremos. Podemos ter ajuste nos preços (de produtos da M. Dias) nos próximos meses? A resposta é sim, mas os ajustes estão sendo feitos de forma gradual”, disse.
“Como temos bastante espaço para armazenar, a gente aproveita para ir aos poucos recompondo o estoque.”
Ele disse que o trigo spot fechou o ano passado cotado em 300 dólares por tonelada, e atualmente já superou 400 dólares.
Além do cereal nacional, cuja safra está sendo plantada, a empresa trabalha com trigo de Argentina, Estados Unidos e Canadá, não sendo diretamente afetada pela falta do cereal de Rússia ou Ucrânia.
“Olhando globalmente, não vemos nesse momento uma questão de desabastecimento, mas os custos estarão maiores”, enfatizou.
Soma-se a isso o movimento de exportação de trigo brasileiro neste ano, após bons volumes colhidos na temporada passada e cotações internacionais atrativas, o onerou os preços locais.
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