Troca de comando na Petrobras (PETR4) assusta investidores, mas oportunidades estão “escondidas” no setor
Saiba tudo o que aconteceu com a Petrobras (PETR4) desde o anúncio de troca de comando e o que vem por aí. Leia a coluna do Beto Assad, analista e consultor para o Kinvo. (Imagem: (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Flickr)
A terça-feira, dia 24 de maio, 💥️começou tensa para os investidores da Petrobras. Na noite anterior, foi anunciada a 💥️saída de José Mauro Ferreira Coelho da presidência da empresa, menos de 2 meses após assumir o cargo.
Para seu lugar foi indicado o ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade.
Apesar de não ter experiência no 💥️setor de petróleo, ele é considerado um ótimo negociador e é homem de confiança do novo ministro de Minas e Energia, Alfredo Sachsida.
O primeiro resultado que trouxe bastante apreensão para os investidores foi a movimentação das 💥️ADRs da Petrobras no mercado americano, onde chegaram a cair mais de 10% e trouxeram a expectativa de um pregão bastante negativo para o 💥️B3.
O que se viu no fim do dia? A Petrobras teve uma queda significativa, mas bem abaixo do que se imaginava (-2,92% para as ações preferenciais e -2,85% para as ordinárias), e 💥️Ibovespa (💥️IBOV) fechando em alta de 0,21%, após passar a maior parte do pregão em baixa.
Mas o que significa, realmente, mais uma troca no comando da empresa em tão pouco tempo?
Medo dos investidores
Maior medo dos acionistas da Petrobras não é outro se não mais interferência de Brasília na estatal. (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
O maior medo, como aconteceu também nas últimas trocas, é uma 💥️maior interferência do governo federal na política de preços da estatal.
A queda de Ferreira Coelho, inclusive, foi causada pelo que o mercado chamou de péssimo “timing”.
Primeiramente, foi feito o aumento, de uma única vez, de quase 9% do preço do 💥️diesel, depois de mais de 2 meses sem reajuste.
E o segundo ponto é que a mexida no preço aconteceu pouco tempo depois da empresa 💥️divulgar o seu maior lucro da história, de R$ 44,5 bilhões.
Para o núcleo comandado por Paulo Guedes, que vê a inflação “galopando” no país, sem tomar conhecimento da alta da Selic, a mexida foi considerada uma derrapada, que acabou se tornando imperdoável.
Por mais que o reajuste obedeça a critérios técnicos de compatibilidade do preço do combustível brasileiro com o barril de petróleo internacional, o Palácio do Planalto ficou, mais uma vez, incomodado com um novo aumento de preços da Petrobras.
Consigo entender tanto o ponto de vista do governo, que se preocupa (com razão) com a insistência da inflação em permanecer alta, assim como os investidores da empresa, que querem ver o maior lucro possível sempre, como o último que foi histórico.
Privatização da Petrobras é possível?
“Sonho de consumo” dos acionistas da Petrobras é um problema de difícil resolução para o governo brasileiro (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
A questão que sempre volta à mesa é: tem como uma empresa estatal, de interesse estratégico do governo, ter capital aberto, com participação de acionistas que visam o lucro?
💥️Sempre achei essa mistura um tanto quanto explosiva, pois é fato que, em vários momentos, os interesses vão ser conflitantes. E é exatamente essa agenda de conflitos que deixam os investidores sem saber, muitas vezes, o que esperar dessa constante troca de comando.
Não à toa, 💥️o assunto privatização da empresa volta de forma mais insistente com a nova troca 💥️de direção. O tema é o “sonho de consumo” dos acionistas, e é um problema de difícil resolução para o governo.
Por se tratar de uma empresa de extrema importância estratégica para a economia, não há consenso sobre a desestatização da Petrobras, mesmo olhando mais para a ala de centro-direita.
Talvez se nossa economia fosse mais desenvolvida e com menos desigualdades, o assunto seria mais fácil, não tenho dúvidas.
Mas até alcançarmos uma economia mais sustentável, com uma carga de impostos mais simples e efetiva, o uso da Petrobras como uma máquina de fazer política econômica vai continuar em discussão.
Tem outras petroleiras no game
Petrobras não é a única petroleira listada na Bolsa brasileira, colunista aponta outras opções de investimento sem a interferência de Brasília (Imagem: PetroRio/Divulgação)
Até isso se resolver, caso você esteja com medo de investir na empresa, com possíveis intervenções na política de preços da estatal, vale a pena ficar de olho em outras empresas do setor.
💥️A PetroRio e 3R Petroleum estão oferecendo boas oportunidades nos últimos tempos, por exemplo.
Mas, na minha opinião, mesmo com todo esse barulho, a Petrobras é uma empresa que não deve sair do radar do investidor. Haja visto o seu último resultado.
Portanto, estabeleça sua estratégia e tenha noção dos riscos que investir no setor (e na
estatal) oferecem. E bons investimentos.
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