Receita em US$ (sem descontar inflação) segura timidez do agro no PIB; 3T22 sazonalidade vira

Soja

Receita em dólares das exportações agropecuárias ajudam a garantir presença positiva no PIB (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A leve contribuição positiva da agropecuária no Produto Interno Bruto (💥️PIB) do segundo trimestre (2T22), de 0,5%, foi dedicada à evolução do plantio do milho de inverno, e aos preços internacionais valorizados que puxaram os resultados das commodities e da carne bovina (esta também avançou em quantidade exportada).

Na soma do semestre, o volume nacional do agronegócio exportado voltou 1% para trás, mas a receita cresceu 26% na comparação com os seis primeiros meses de 2023. US$ 79 bilhões, embora a inflação do período (5,49%, mais de 11% em 12 meses, segundo o💥️ IPCA) tenha diminuído os resultados líquidos.

Para o terceiro trimestre a maior responsabilidade do agronegócio está contratada, salvo revés das economias centrais acima do que foi visto nos meses anteriores.

Devido ao peso do macro setor no PIB, parece pouco não ter se destacado no que o 💥️IBGE viu de abril a junho, quando o geral apresentou 1,2% de alta, com o setor de serviços se destacando.

A soma em seis meses foi de 2,5%.

Mas a sazonalidade do 2T22, quando a soja termina a colheita 21/22 em fevereiro, mais a queda de produção em cerca de 10%, e volume menor exportado, fizeram a diferença.

Para o terceiro trimestre, atual, e os próximos, as chances de expansão dessa participação estão alinhadas.

As exportações do milho safrinha (de inverno), em fase final de colheita, crescem; o açúcar vai contribuir um pouco mais, depois que o etanol deixou de ser preferência; o café pesará positivamente na balança comercial porque a safra não foi das melhores e os preços internacionais vão ganhar mais ritmo; e a soja começa a ser plantada o mês que vem, com potencial real de crescimento.

A sazonalidade tem vento a favor.

De preocupações, que podem derrubar algumas dessas expectativas, é a macroeconomia mundial, às voltas com a desaceleração econômica forçada pelo aumento dos juros na Europa e Estados Unidos no combate à inflação, e a China.

O país asiático balançou um pouco o coreto com os lockdowns no primeiro semestre e ainda a covid dá as caras por lá.

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