Força aérea israelita bombardeia "zona humanitária" na Faixa de Gaza.pt - &am

Aviões de guerra realizaram bombardeamentos precisos contra membros da organização islamita palestiniana Hamas, "que realizavam atividades terroristas na zona humanitária de Khan Younis", disse o exército israelita.

Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel denunciaram a "utilização sistemática por parte de organizações terroristas" de centros civis, "incluindo espaço humanitário" na Faixa de Gaza.

A agência de notícias oficial palestiniana Wafa indicou que os bombardeamentos israelitas provocaram numerosas mortes e feridos nas tendas onde se refugiavam os habitantes de Gaza deslocados pelo conflito, no noroeste de Khan Yunis.

"Vários cidadãos também foram mortos quando as forças de ocupação bombardearam uma casa na área de Sheikh Nasser, em Khan Younis", disse a Wafa.

A agência acrescentou que o exército israelita atacou também uma área de deslocados na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza.

Os novos ataques ocorrem um dia depois de as autoridades de Saúde de Gaza terem afirmado que o número de mortos desde o início da ofensiva de Israel contra o Hamas, em outubro do ano passado, ultrapassou os 43 mil.

Estes números não incluem os mais de uma centena de mortos que os ataques israelitas deixaram no norte da Faixa de Gaza na terça-feira.

Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns.

A guerra continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a fugir, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

VQ // CAD

Lusa/Fim

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