Aprosoja-MT diz que interlocutores do PT no agro não representam setor
A assessoria de imprensa da Aprosoja-MT afirmou ainda que a entidade ainda não discutiu quais seriam os representantes da Aprosoja-MT em Brasília, após ser questionada (Imagem: REUTERS/Jorge Adorno/File Photo)
Uma assembleia geral da 💥️Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) decidiu, por unanimidade, que três nomes do 💥️agronegócio que integraram a campanha do governo eleito de 💥️Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divergem dos “valores conservadores” do setor e não têm legitimidade para representá-los em 💥️Brasília.
Em nota, a importante associação do Estado, que é o maior produtor de 💥️soja, 💥️milho, 💥️algodão e bovinos do 💥️Brasil, afirmou que o senador Carlos Fávaro (PSD), Neri Geller (deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral) e o empresário Carlos Augustin não podem representar o segmento como interlocutores em Brasília.
Fávaro e Geller selaram aliança com Lula durante a campanha em contraste com o majoritário apoio dos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao atual presidente 💥️Jair Bolsonaro (PL).
Já Augustin, empresário do ramo de sementes de soja, também contribuiu com as discussões do programa de governo para o setor.
“Ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas, Carlos Fávaro, Neri Geller e Carlos Augustin entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora”, diz a nota da associação.
Não foi possível contatar imediatamente Fávaro, Geller e Augustin.
Em seu programa de governo, Lula diz apoiar a reforma agrária e historicamente defende a desapropriação de áreas improdutivas.
Questionada nesta segunda-feira se essa posição indicaria que a entidade não reconheceria o governo eleito, a associação afirmou que não se trata disso, acrescentando que o presidente da associação Fernando Cadore “não se pronunciou sobre os resultados das eleições porque a Aprosoja-MT é apartidária”.
A assessoria de imprensa da Aprosoja-MT afirmou ainda que a entidade ainda não discutiu quais seriam os representantes da Aprosoja-MT em Brasília, após ser questionada.
A Aprosoja-MT afirmou que também não discutiu se indicará algum representante para conversar com o governo eleito.
A assessoria disse, após ser questionada, que não foi discutido em assembleia o que o governo eleito precisaria fazer para ter interlocução com a Aprosoja-MT.
A Aprosoja-MT declarou ainda que os associados decidiram que a entidade deverá se retirar do Instituto Pensar Agro (IPA), caso Fávaro, Geller e Augustin sejam interlocutores do novo governo para o agronegócio.
O IPA dá suporte à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Por outro lado, a 💥️Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), principal entidade agropecuária do país que apoiou Bolsonaro durante a campanha, disse após as eleições que recebeu com “naturalidade” o resultado do pleito e que está pronta para o diálogo e a cooperação com o governo eleito.
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