Falta de aval no Pará atrasa planos da Petrobras (PETR4) para perfurar Foz do Amazonas

Pará

Além da licença no Pará, o Ibama terá que mobilizar sua própria equipe para participar do simulado (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A 💥️Petrobras (💥️PETR4) teme ter que adiar para 2023 seus planos para perfurar em águas ultra profundas da Bacia da Foz do Rio 💥️Amazonas, diante de dificuldades com uma licença do 💥️Pará para seguir adiante com um grande simulado de vazamento na região, necessário para que o 💥️Ibama libere o tão aguardado poço no litoral do 💥️Amapá, afirmou uma fonte próxima às discussões.

A petroleira estatal, que vem arcando com um custo diário milionário de mobilização de pessoal e equipamentos para o simulado na região amazônica, está trabalhando já há algum tempo em busca de abrir a bacia como uma nova fronteira exploratória de petróleo, em região próxima à Guiana, onde a Exxon Mobil fez descobertas importantes.

A missão foi abraçada pela Petrobras depois que gigantes como BP e TotalEnergies desistiram de ativos leiloados em 2013 por dificuldades para obter licenciamentos.

O simulado, que estava inicialmente previsto para ser iniciado nesta segunda quinzena de dezembro, ainda não começou, pois a petroleira ainda aguarda uma licença estadual a ser concedida pelo Pará para a instalação de um pequeno hospital para aves oleadas em Belém, chamado de Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), segundo essa fonte, que falou na condição de anonimato.

Procurada, a Petrobras confirmou que depende da licença do Pará para executar os trabalhos.

Enquanto isso, a companhia segue com diversos recursos mobilizados na região, incluindo a sonda de perfuração, três helicópteros, uma aeronave, cinco rebocadores, 450 pessoas, com um custo diário de 4 milhões de reais, segundo a fonte, com conhecimento da situação.

Além da licença no Pará, o Ibama terá que mobilizar sua própria equipe para participar do simulado.

O temor na Petrobras é que a equipe do órgão ambiental entre de recesso de fim de ano, mesmo com todo os recursos disponíveis e gerando custos, pontuou a fonte.

A Petrobras disse ainda que “vem envidando os esforços necessários para o licenciamento do CRD (Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna) junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará & Semas” e que esse é um pré-requisito para obtenção da licença para perfurar na Foz.

Disse que também está “envidando todos os esforços e mobilizando os recursos necessários” para a realização do simulado, chamado de Avaliação Pré-Operacional (APO). “A data para a realização da APO será definida em breve, junto ao Ibama”, disse a empresa.

Sobre os recursos mobilizados, a petroleira afirmou que “estão em processo de vistoria e testes operacionais, tanto pela Petrobras quanto pelo Ibama, de modo a estarem aptos a realizar as operações”.

A Semas não respondeu até o momento pedidos de comentários.

A Foz do Amazonas está inserida em ampla região do litoral brasileiro conhecida como Margem Equatorial, que vai desde o Rio Grande do Norte até o Amapá, onde a atual gestão da Petrobras prevê investimentos de 2,94 bilhões de dólares até 2027, enquanto busca meios de repor reservas e evitar o declínio de produção futura.

A exploração na Foz do Amazonas com geologia pouco conhecida e rica em ecossistemas encontra forte oposição de grupos ambientais e de comunidades, e questionamentos do 💥️Ministério Público Federal no Pará e no Amapá, que temem impactos ambientais em áreas extremamente sensíveis.

Também há oposições políticas. No mês passado, a Reuters publicou que o PT também avaliava acionar a Justiça para interromper o processo de licenciamento para a perfuração na Foz do Amazonas, segundo uma representante da área ambiental do partido, ao questionar a forma como estava sendo conduzido junto ao Ibama.

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