Veja os desafios que Fernando Haddad vai enfrentar como Ministro da Fazenda
Lula escolheu Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda mesmo com desaprovação do mercado. (Imagem: Facebook/Fernando Haddad)
Faz uma semana que 💥️Fernando Haddad foi confirmado como futuro ministro da 💥️Fazenda e ele já está encarando o cenário econômico desafiador que o novo governo enfrentará em 2023.
Entre os problemas que aguardam 💥️Haddad estão a 💥️inflação persistente, combinada com a desaceleração da economia.
Dizem os economistas que só a 💥️inflação já é motivo de quedas de muitos governos pelo mundo. Então, 💥️Haddad já começa com o pé esquerdo.
No entanto, Gustavo Cruz, estrategista da 💥️RB Investimentos, lembra que o próximo ano será marcado pela alta nos gastos do governo.
“Quando a gente olha para o 💥️PIB, dificilmente vamos ter uma surpresa muito grande na parte de 💥️consumo. Por outro lado, os gastos do governo com essa 💥️PEC da Transição, com certeza, vão ser maiores do que as projeções do mercado”, afirma.
Além da PEC, também são esperadas algumas demandas reprimidas da sociedade, como a revisão da tabela do 💥️Imposto de Renda e também o aumento do funcionalismo público e de gastos sociais.
Veja os desafios que Fernando Haddad terá de enfrentar em 2023
Conquistar o mercado
O primeiro obstáculo do novo ministro é conquistar o mercado. Desde a campanha eleitoral de 💥️Luiz Inácio Lula da Silva existia uma dúvida de qual seria a postura econômica de 💥️Lula e surgiram rumores de que ele escolheria um perfil técnico para a Fazenda.
No entanto, o mercado levou um balde de água fria quando ficou claro que 💥️Haddad é quem assumiria a pasta. Para controlar os ânimos, ele colocou pessoas de peso em sua equipe, como os economistas 💥️Gabriel Galípolo e 💥️Bernard Appy.
Além disso, na quinta-feira, durante uma entrevista à ✅GloboNews, garantiu que vai trabalhar no projeto de uma nova âncora 💥️fiscal e que impulsionará o avanço da 💥️reforma tributária no 💥️Congresso.
As declarações de 💥️Haddad ajudaram o 💥️Ibovespa (💥️IBOV) em um dia de tensão em torno do anúncio de que 💥️Aloizio Mercadante será presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (💥️BNDES).
“💥️Haddad não era um nome bem-visto pela maioria e esta conquista de confiança passa pela montagem da equipe e pelo novo arcabouço fiscal”, destaca Ricardo Pompermaier, estrategista da Davos Investimentos.
Risco fiscal
Lula é extremamente cobrado por responsabilidade fiscal e a 💥️PEC de Transição é um ponto que deixa o mercado com o pé atrás. Durante a semana, 💥️Haddad também conseguiu ganhar alguns pontos ao falar que a expansão fiscal pode não ajudar a economia.
“O discurso de 💥️Haddad ajuda a conter as perspectivas mais pessimistas dos agentes econômicos, mas ainda assim está longe de construir a credibilidade necessária para a contenção de despesas que o Brasil necessita”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da 💥️Ativa Investimentos.
Por isso, uma das primeiras medidas que o novo ministro deve tomar é em relação ao 💥️teto de gastos. Lula já se posicionou contra a atual âncora fiscal e 💥️Haddad deverá apresentar uma nova forma de controlar os cofres públicos.
Os economistas afirmam que o ideal seria cortar gastos, mas o novo governo já deixou claro que isso não deve acontecer. Então, a expectativa de um fiscal mais responsável já ajuda no combate à inflação, ao mesmo tempo que traz crescimento.
Reforma tributária
Bernard Appy não está na equipe de 💥️Haddad à toa. O novo governo deve avançar com a pauta de reforma tributária e Appy é especialista nisso, tanto que a sua proposta de reforma está tramitando no Congresso.
Entre as discussões estão a revisão da tabela do IR e também a taxação de grandes fortunas e de 💥️dividendos.
“A reforma tributária deve sair e tem um grande potencial de investidor porque um dos maiores especialistas no assunto está na equipe. Ou seja, 💥️Haddad tem tudo para fazer uma grande reforma benéfica para o país”, afirma Gustavo.
Controlar os outros ministérios
O estrategista do RB Investimentos ainda destaca que 💥️Haddad também precisará aprender a controlar as iniciativas de outras pastas do novo governo.
“💥️Flávio Dino disse outro dia que vai rever os acordos de leniência para que empresas paguem parte das dívidas em 💥️serviços. Isso frustraria bastante a receita e incentivaria outras empresas a não pagar. A gente vê o 💥️Guilherme Boulos falando em rever o marco do saneamento. Isso dá uma insegurança jurídica gigantesca e também trava diversos investimentos potenciais”, exemplifica.
Gustavo ainda lembra que a reforma administrativa não é uma pauta defendida pelo 💥️PT. Então, ela deve ser deixada de lado por Lula, assim como deve ter um reajuste 💥️salarial para os servidores públicos.
Ou seja, 💥️Haddad precisará saber dizer “não” para alguns aliados se quiser ter sucesso na Fazenda.
Privatizações
Lula já deixou claro que não aconteceram 💥️privatizações durante o seu governo. No entanto, 💥️Haddad já chegou a destacar a importância das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para viabilizar investimentos e obras de infraestrutura no próximo governo.
Durante a entrevista à ✅GloboNews, inclusive, o futuro ministro da Fazenda chegou a citar o metrô de São Paulo como exemplo positivo. 💥️Haddad foi prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016.
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