Chanceler da Alemanha começa 1ª viagem pela América do Sul para fortalecer relações

Olaf Scholz

Durante os três dias da viagem, Scholz, um Social Democrata, visitará as três maiores economias da região & Argentina, Chile e Brasil (Imagem: Michael Sohn/Pool via REUTERS)

O 💥️chanceler alemão, Olaf Scholz, dirige-se à Argentina neste sábado para iniciar sua primeira viagem pela 💥️América do Sul, no momento em que seu governo busca reduzir a dependência econômica da China e fortalecer relações com democracias ao redor do mundo.

Durante os três dias da viagem, Scholz, um Social Democrata, visitará as três maiores economias da região & 💥️Argentina, 💥️Chile e 💥️Brasil.

Uma das prioridades da agenda será a guerra na Ucrânia e as lições tiradas dela & como, para Berlim, uma consciência maior sobre a necessidade de reduzir a dependência econômica de Estados autoritários. A dependência alemã do gás da Rússia gerou uma crise de energia depois que as relações se deterioraram por causa da guerra iniciada por Moscou.

A 💥️Europa no geral corre para reduzir sua dependência especialmente da China por minérios essenciais para a transição a uma economia de carbono neutro e a América do Sul é rica nesses minerais.

“Esses três países são todos parceiros interessantes para a diversificação das nossas relações econômicas no geral, mas também para nosso abastecimento de commodities”, disse uma autoridade do governo alemão na sexta-feira.

Sobre a concorrência com a China, que investiu bastante na região na última década, a autoridade disse que a Alemanha simplesmente precisa ser mais ativa e também mais preparada para abraçar setores dos quais até então se esquivava.

“Por exemplo, mineração de lítio & essa é uma tarefa desafiadora, especialmente em relação aos padrões sociais e ambientais. E no passado, nós provavelmente evitamos isso… mas não podemos nos dar a esse luxo, se quisermos nos sustentar.”

Argentina e Chile estão no chamado “triângulo do lítio” da América do Sul, que abriga as maiores reservas mundiais do metal usado em baterias.

O chanceler alemão é acompanhado de uma delegação de cerca de uma dúzia de executivos de vários setores, e também da vice-ministra da Economia, Franziska Brantner.

💥️BRASIL

No Brasil, a última perna da viagem, Scholz estará ao lado da ministra do Desenvolvimento, Svenja Schulze, por causa do novo ímpeto para projetos conjuntos desde a eleição de 💥️Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu uma revolução na política climática do Brasil.

O desmatamento na Amazônia atingiu seus maiores patamares em 15 anos sob o governo do presidente de extrema direita 💥️Jair Bolsonaro.

O novo foco de Lula pode ajudar a abrir caminho para um acordo de livre comércio entre a 💥️União Europeia e o 💥️Mercosul & o que também está na agenda de Scholz para as conversas com os líderes regionais.

Embaixadores da UE já disseram ao Brasil que o acordo de livre comércio com o Mercosul, acertado em princípio em 2023, não será ratificado, a menos que haja medidas concretas para interromper a destruição cada vez maior da floresta amazônica.

A visita de Scholz também é uma demonstração forte de apoio a 💥️Lula, após apoiadores de 💥️Bolsonaro atacarem os 💥️prédios dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro, apenas uma semana depois da sua posse.

O chanceler alemão falará sobre isso e também visitará memoriais das vítimas das ditaduras militares de Chile e Argentina.

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