Carrancas protegem barqueiros do Velho Chico contra monstros e mau-olhado
Adriano Alves Colaboração para Nossa, de Petrolina, Pernambuco 22/05/2023 04h00 "A carranca começou a ser usada muitos anos atrás, porque se diziam que elas afastam as coisas ruins. Desde quando eu viajava com carga pelo rio, aos 21 anos, já ouvia essas histórias", conta o barqueiro Luiz Raimundo Pereira, de 43 anos, entre uma viagem e outra levando passageiros na rota das águas. O personagem das lendas do Velho Chico é uma figura animalesca, que mistura características humanas e selvagens, geralmente com grandes olhos e dentes afiados. Nas cidades ribeirinhas, artesãos confeccionam carrancas em madeira e barro há muitos anos. Os primeiros registros no Vale do São Francisco datam de 1880, quando ainda eram chamadas somente como "figuras de proa".
Os mistérios do rio povoam o imaginário popular ribeirinho e o artesanato ganha assim novas funções, além da decorativa. "Elas teriam significado de espantar o mau-olhado, de proteger a embarcação de possíveis assombros, inclusive monstros locais, como as lendas do Nego D'Água e da Serpente de Fogo", exemplifica Joana.
Vando das CarrancasCentro Cultural Ana das Carrancas, em Petrolina
No espaço é possível conhecer as carrancas cegas em barro, criadas pela artesã mundialmente reconhecida. O endereço é na BR 407, nº 500, bairro Cohab Massangano. As visitas podem ser agendadas pelo telefone (87) 99919-0809.
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