Varanasi: um passeio na cidade sagrada da morte na Índia
Descemos em uma igreja cristã e nos juntamos ao amontoado de corpos sendo levados em direção ao rio sagrado. As placas ao longo da estrada falavam de "o mais antigo centro de aulas de ábaco" e "gloriosas damas costureiras", me fazendo pensar se a glória estava com as damas ou com a costura. "Escola Britânica para Línguas agora é Trounce Education", li em outra placa — um resumo engraçado do fim do Império.
Cremações em Varanasi acontecem 24 horas por dia
"Só nesta cidade, senhor, o senhor vê cremação 24 horas", afirmou o barqueiro, como se falasse de uma loja de conveniência. Em outras cidades, os crematórios são tradicionalmente colocados fora dos portões da cidade, ao sul. Aqui, eles queimam no centro de toda a vida.
Voltei ao meu hotel para absorver tudo. "Tudo está em fluxo", meu jovem Virgílio (o guia de Dante no livro A Divina Comédia) me disse enquanto caminhávamos ao longo do rio. "Tudo é uma sucessão constante de porvires. Nada permanece o mesmo."
Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxexp1mgzldo
✅*Pico Iyer é autor de diversos livros sobre viagens. Este relato foi adaptado de seu livro mais recente, 'The Half Known Life' ✅(A Vida Meio Conhecida, em tradução livre), ainda sem edição em português.
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