Aos 61 anos, ele resolveu remar 8 mil km pela costa brasileira
A ideia surgiu em 2015, depois de muita pesquisa no projeto, mas foi colocada em prática somente no dia 17 de fevereiro de 2023, quando deixou seu trabalho de educador físico em São Paulo, vendeu alguns pertences e se jogou no mar.
Mas para realizar uma travessia assim, pela costa marítima de Norte a Sul a bordo de um caiaque de 5,5 metros de comprimento, precisou de muito preparo físico e psicológico.
💥️Atleta desde a infância
Em entrevista a 💥️Nossa, já na costa gaúcha, Adelson Carneiro Rodrigues revelou a reportagem que desde os 10 anos de idade pratica esportes.
✅Fiz natação, ciclismo e corrida, inclusive, quando adulto, participei de mais de 100 provas de triatlo e três IronMan — Espanha, Brasil e África do Sul.
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💥️Mais é menos
Logo no início da jornada, o canoísta brasileiro percebeu que não era necessário carregar tantos apetrechos dentro de seu caiaque, que suporta carga de até 100 kg, além do peso do atleta.
Ele descobriu que poderia se abastecer em várias paradas.
✅Eu remava 7h ou 8h por dia e parava em alguma prainha e logo era bem recebido pelos nativos que me davam comida e abrigo. O povo do Norte e Nordeste é muito hospitaleiro.
💥️Ajuda da Marinha
Mas foi no mar de Fortaleza, capital do Ceará, que o ousado canoísta foi percebido pelos olhares atentos da Marinha do Brasil, que lhe ofereceu apoio dando alimentação, estadia e logística — tanto em situações de emergência no mar quanto de deslocamentos em terra até o balneário do Chuí, última praia do Rio Grande do Sul, já na fronteira com o Uruguai.
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💥️Pelas lagoas do RS
No dia 29 de janeiro de 2023, o canoísta Adelson Carneiro chegou ao estado do Rio Grande do Sul na praia de Torres, remando também por lagoas [consideradas rotas de fuga, em casos de mar revolto] como Lagoa Itapeva, Lagoa dos Quadros e Lagoa dos Barros.
Em Tramandaí, no início do mês de fevereiro, após percorrer 7,4 mil km dos 8 mil km previstos, o atleta foi recebido com aplausos por integrantes da Marinha, veranistas e moradores.
Durante a entrevista, Adelson ressaltou que para chegar ao Chuí, ainda falta passar por oito lagoas gaúchas, entre elas a dos Patos e a Mirim.
Em seu post mais recentes no Instagram, ele mostrou que estava em Arroio Bretanha na Lagoa Mirim.
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✅O litoral do RS, partindo de Rio Grande para baixo, são 240 km de praia totalmente deserta. Imagina se acontece algo? Por isso, com a logística da Marinha, fui orientado a remar pelas lagoas gaúchas. Apesar desta alternativa, engana-se quem pensa que navegar em água doce é mais fácil, não é não, a água doce é muito mais pesada, exige muito mais esforço do que remar no mar, além disso tem as plantas aquáticas e juncos que dificultam a remada.
Se o clima permitir, Adelson estará sempre na água remando, em média 40 km por dia [8h], na Lagoa dos Patos rumo ao Chuí. A previsão de chegada na última praia do Rio Grando Sul é para ainda neste mês.
💥️O próximo desafio?
''Remar do Chuí até Ushuaia, cidade da Argentina e capital da Província da Terra do Fogo, conhecida como a cidade mais austral do mundo ou a cidade do Fim do Mundo".
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