Pau do Índio e Axé: Conheça as bebidas típicas do Carnaval de Olinda

Pau do Índio e Axé são as bebidas típicas que agitam o Carnaval de Olinda O "Pau do Índio" é um clássico das ladeiras de Olinda - Roberta Guimaraes/UOL

Como a alcunha sugere, a bebida foi criada pelo Sr. Antonio Cardoso, que vivia no número 91 da Rua do Amparo, onde ainda é comercializada pelos filhos que seguiram com o negócio. Sua receita é secreta, mas a mistura inclui ervas, especiarias, raspas do bastão de guaraná e cachaça, conforme revelou reportagem do em 2014.

"Seu Cardoso" criou o mix em seu bar, onde costumava vender as primeiras doses aos clientes, antes de o negócio se popularizar. Após um sonho com um indígena, ele teria aperfeiçoado a alquimia, incluindo novos ingredientes.

Seu Antonio e o "Pau do Índio" em Olinda - Roberta Guimaraes/ysoke - Roberta Guimaraes/UOL A famosa casa na Rua do Amparo em Olinda, onde é produzida a bebida - Roberta Guimaraes/ysoke - Roberta Guimaraes/UOL

Segundo o pesquisador, o nome não tem nada a ver com os genitais de indígenas, e seria uma homenagem à natureza de seus principais ingredientes — aroeira e quixaba — que são retiradas de árvores ou "paus". Vendido em garrafinhas, o Pau do Índio virou uma tradição da saída dos blocos nos últimos quase 50 anos.

Pau do Índio do Cardoso, de Olinda - Roberta Guimaraes/ysoke - Roberta Guimaraes/UOL
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A Casa do Axé, comandada por Shirley Castro, se orgulha atualmente de ser registrada no Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com sua receita de família, que chega a render 60 mil garrafas vendidas em um mês de folia. Sua unidade ainda vem acompanhada, à parte, de bisnaga de mel e duas sementes de guaraná com casca para brindar.

Depois de beber o licor com o mel e as sementes, já descascadas, a dica é mascar as sementes que sobraram. "São energéticas, evitam que a pessoa fique muito bêbada", garantiu ao Diario de Pernambuco Jipson Silva de Moura, o Pitta, esposo de Shirley que também comanda o negócio.

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Doce e com alto poder de embriaguez — há 30% de teor alcoólico, segundo reportagem da Folha de Pernambuco —, a bebida é bem-sucedida por também ser barata: garrafinhas de 200 ml saem por cerca de R$ 6 enquanto meio litro custa R$ 15.

Batizado com a saudação em iorubá de reverência à força dos orixás das religiões africanas, o Axé demonstrou sua potência nas ruas e acabou virando bloco de Carnaval. O Troço Etílico Carnavalesco Um Axé É Pouco sai às ruas no sábado de Carnaval, a partir da Praça do Carmo, perambula por diversas ladeiras até retornar à Rua do Bonfim, onde é encerrado na Casa do Axé.

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