Múmias egípcias: estudo revela detalhes de como eram feitas

Foto de arquivo divulgada pelo Ministério de Turismo e Antiguidades egípcio em 17 de fevereiro de 2023 mostra uma vista da múmia do antigo rei egípcio Seqenenre Taa II, "o bravo", que reinou no sul do Egito cerca de 1.600 anos AC - Ministério de Antiguidades do Egito/AFP

As substâncias encontradas foram identificadas como vindas de lugares tão longínquos como o Sudeste Asiático, o que revela como era ampla a rede comercial necessária para o processo de embalsamento.

💥️Receita desconhecida

Até agora, os cientistas haviam obtido informações sobre a mumificação sobretudo a partir de velhos textos em papiros, de historiadores gregos e das próprias múmias egípcias. Essas fontes indicavam que embalsamento era um processo complexo que envolvia diferentes misturas de óleos especiais, resinas e betume.

Porém, apesar de os cientistas serem capazes de determinar mais ou menos por que e onde algumas dessas substâncias eram usadas para embalsamar, eles não conseguiam fazer isso para todos os ingredientes. Os textos antigos até davam os nomes dos ingredientes, mas traduzir termos relacionados a velhas substâncias é algo desafiador. Assim, até hoje se debate a quais substâncias alguns nomes se referem.

Arqueólogo egípcio inspeciona a múmia de uma mulher encontrada em 2018 dentro de um sarcófago preto esculpido em madeira decorado com folhas douradas, que data do Período Tardio do Egito, que vai do século 7 ao 4 a.C - Khaled Desouki/AFP - Khaled Desouki/AFP Múmias até de felinos foram exibidas durante o anúncio de uma nova descoberta da equipe de arqueologia da necrópole de Saqqara, no Egito, em 2023 - Khaled Desouki/AFP - Khaled Desouki/AFP Arqueólogos descobriram em 2023 em Minya, a 340 km de Cairo (Egito), uma rara tumba com dezenas de múmias 'jovens' - Mohamed El-Shahed/AFP - Mohamed El-Shahed/AFP O Egito segue descobrindo novas relíquias. Em 2023, 59 sarcófagos de 2,6 mil anos foram encontrados em perfeitas condições. As múmias eram de sacerdotes e oficiais e estavam enterradas em tumbas verticais - MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS - MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS Um dos sarcófagos mais recentes sendo aberto - MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS - MOHAMED ABD EL GHANY/REUTERS

Um dos sarcófagos encontrados mais recentemente sendo aberto

"Imagine uma impressão digital química do recipiente e cada ingrediente também tendo sua própria impressão digital", explicou outro autor, Stephen Buckley, professor de arqueologia na Universidade de York e na Universidade Eberhard Karls, em Tübingen, na Alemanha.

Basicamente, o processo separa os componentes e, então, encontra impressões digitais moleculares dos seus elementos, o que permite aos pesquisadores identificar a receita de embalsamento original, explica.

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