Ela virou nômade aos 50 anos: 'Agora o mundo é minha casa'

Entre os países que visitou na Europa, Viviane Pereira também passou pela Espanha - Arquivo pessoal

Viviane deixou o Brasil em setembro de 2022, rumo a Portugal, sua primeira parada numa viagem que já dura quatro meses e em que teve a oportunidade de conhecer outros seis países: França, Espanha, Marrocos, Argentina, Uruguai e Paraguai, onde mora atualmente.

Detalhe: Viviane nunca havia saído do Brasil antes.

Eu sempre tive o desejo de conhecer outros países, mas não havia pensado na possibilidade de fazer isso trabalhando. A pandemia consolidou o trabalho remoto e eu pensava que, se eu podia trabalhar da sala de casa, poderia fazer o mesmo em qualquer lugar do mundo.

Nômade digital aos 50 - Tarifa, Espanha 2 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal Nômade digital aos 50 - Trabalhando em um café em Paris - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal  Com o filho Vinícius no Café Tortoni, Buenos Aires, com estátuas de Carlos Gardel, Jorge Luis Borges e Alfonsina Storni - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal Segurando muffin e velas na live de aniversário com a família em frente a torre Eiffel - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal 'La Lecture', de Renoir, no Museu do Louvre, em Paris - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Em suas passagens pelos países, Viviane coleciona histórias de outras mulheres que, como ela, optaram por viver viajando sozinhas, em busca de uma vida sempre em movimento. Delas ouviu experiências marcadas pelo temor com o futuro, preconceito mas, principalmente, pela superação. E aprendeu ser possível desmistificar a falsa ideia de que uma mulher, sozinha, não reuniria as condições básicas para sair viajando, de país em país, em busca de oportunidades e vivências.

Conheci mulheres incríveis, batalhadoras. O nomadismo atrai muitas críticas. Muitas pessoas nos veem como pessoas que estão fugindo de algo. Mas é exatamente o oposto. É encontrar-se. Como nômade, o mundo é minha casa. E assim vou conhecendo lugares, pessoas incríveis e também mulheres que, como eu, tiveram o desejo de reduzir a bagagem e sair por aí carregando lembranças ao invés de coisas.

Como gosta de se comunicar e fazer novas amizades, as línguas são uma barreira que Viviane vem aprendendo a superar. Apesar de se comunicar bem em inglês e espanhol, na França ela precisou misturar idiomas para se expressar. Mas foi no Marrocos que a dificuldade em compreender e ser compreendida a fez apelar até para a mímica.

Nômade digital aos 50 - restaurante em Tanger, Marrocos - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal Um passeio de caiaque nas cavernas de Benagil, Algarve, Portugal - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal Arco de la Rosa, Cádis, Espanha - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Arco de la Rosa, Cádis, Espanha

Após passar 15 dias no Paraguai, Viviane está de viagem marcada para o Chile para encontrar Steve, o namorado norte-americano, que conheceu em um aplicativo de relacionamentos voltado exclusivamente para os nômades digitais. Ele aderiu ao estilo de vida há cinco anos e, ao seu lado, Viviane espera aprender lições valorosas sobre como viver viajando.

"Nos conhecemos em Portugal, passamos juntos os dois meses em que estive na Europa, depois ele me visitou na Argentina e agora vamos nos encontrar no Chile. Vamos passar dez dias lá e depois embarcamos para a Costa Rica", afirma a jornalista, que ainda não sabe para qual país viajará na sequência.

"Tenho desejo de ir para a Índia. Outro local em que pretendo morar por um tempo é a Indonésia, onde o Real vale mais em relação à moeda local".

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