Comeu, tem que ir embora: como é a casa de ramen mais antiga da Liberdade

Comeu, tem que ir embora: como é a casa de ramen mais antiga da Liberdade Ramén do Aska, o mais longevo da Liberdade, segue a tradição - Rafael Salvador

Ao contrário de outros estabelecimentos igualmente relevantes, porém, o endereço prefere manter-se oculto na mídia. Tal discrição vem do japonês Takeshi Ito. Hoje com 80 anos, ele fundou o negócio ao lado da esposa. Avesso à exposição, evita holofotes e nega dar entrevistas a respeito do requisitado macarrão mergulhado em caldo fumegante de frango ou porco que serve desde antes de virar hype na capital paulista.

Isso ao menos até o autor e produtor cultural Jo Takahashi convencê-lo por meio de contatos em comum a contar a sua história para o livro "Ramen/Lámen". Duas horas de uma conversa inédita, com direito à tigela da sopa, renderam um capítulo da obra que traça o perfil histórico da comida.

Jo Takahashi em entrevista inédita com Takeshi Ito - Rafael Salvador - Rafael Salvador Capa do livro "Ramen/Lámen" - Rafael Salvador - Rafael Salvador Amuleto e ramen do Aska - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram Preparo do prato fica a cargo de funcionários paraibanos - Rafael Salvador - Rafael Salvador Ramen com shoyu e receita importados do Japão - Rafael Salvador - Rafael Salvador

O público que se alinha na entrada à espera de um lugar é uma mistura de imigrantes, descendentes, jovens casais e estudantes. "O senhor Ito defende que seu ramen deve ser saboreado com o que sobra da mesada. O preço é amoroso", fala Jo.

A discreta fachada do Aska - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram

Único não japonês e não nipodescendente a ter seu trabalho com a receita contado no livro, o chef Thiago Bañares se coloca como parte da geração influenciada pelas tigelas servidas por Ito. "Para mim, e para muita gente, foi a porta de entrada para entender o que são as casas de ramen japonesas. Vou lá ainda hoje".

À frente do Tan Tan Noodle Bar, melhor bar do Brasil segundo o ranking The World's 50 Best Bars, ele elogia o guioza recheado de carne suína e muito nirá (cebolinha japonesa).

Guioza é item obrigatório nas casas de ramen. E o de lá é o melhor da cidade".

Além da comida e do ambiente, há outros dois motivos que aproximam o Aska e o Japão.

No balcão e na mesa, o esquema é "comer e ir embora" - Rafael Salvador - Rafael Salvador

No Japão, há pessoas que comem ramen todos os dias. O ramen é a vida delas. Existe alguma outra comida no mundo que seja tão misteriosa e atraente?"

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