Creme brûlé é fácil de fazer e chef prova isso

Charme do creme brûlé está na crosta açúcarada; aprenda a fazer com maçarico e com a colher - Divulgação - Livro Manual Prático De Confeitaria Senac

Usualmente servido no ramekin, o creme brûlé guarda certa pompa que engana quem deseja reproduzir o clássico europeu em casa. "A gente ainda tem uma visão de que só porque vem de fora é caro e chique, mas, quando paramos para observar a receita, é muito simples e fácil", diz o chef e professor de gastronomia Jorge Da Hora.

Ele cedeu o passo a passo a 💥️Nossa e afirma:

A gente deveria tratar o creme brûlé igual a um quindim, um pudim, uma cartola".

💥️Dicas de especialista

Creme brûlé - Renato Benedito Vieira - Renato Benedito Vieira
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A camada crocante é a finalização da sobremesa e deve ser feita no momento de servir. Basta polvilhar açúcar demerara ou cristal sobre o creme assado e caramelizar com um maçarico.

Não tem em casa? Jorge defende o investimento no utensílio, mas diz que outra possibilidade — que exige muito cuidado para não se queimar — é usar a colher de sopa.

Funciona assim: com uma luva ou um pano de prato dobrado, coloque a colher na chama do fogão para aquecer e encoste as costas na superfície do doce, fazendo movimentos circulares. Repita o procedimento até a crosta se formar.

O acabamento não é perfeito, mas supre uma necessidade".

💥️Trabalhar para servir

Jorge Da Hora - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Jorge Da Hora: cozinheiro por vocação

A primeira vez que serviu alguém, o soteropolitano Jorge tinha 7 anos. "Meu irmão nasceu e comecei essa brincadeira de alimentar os outros. Era papinha, maçã raspada, mingau...".

Mais velho e ainda interessado pelo assunto, ele ingressou no curso de culinária no Senac, no Pelourinho. Não parou mais. Chegou a preparar refeições embarcado em plataforma de petróleo e a fazer eventos no Mosteiro de São Bento da Bahia.

Aos 26 anos, fez as malas e partiu para São Paulo. "Pedi demissão e fui fazer o curso de cozinheiro-chef internacional no Senac".

O que não esperava era passar de aluno a funcionário. Há 14 anos na empresa, trabalhou como chef-executivo do hotel-escola de Águas de São Pedro, no interior, e entrou para a sala de aula como professor.

Na capital, ele desenvolveu o projeto "Comida de Santo", que busca aproximar alunos de todas as crenças dos preparos dos rituais de raízes africanas na Bahia.

"A comida de santo só é sagrada para quem acredita. É uma culinária extremamente rica, que merece ser conhecida. Minha ideia é diminuir o preconceito".

Nas horas vagas, Jorge atua como personal chef e cozinha para os amigos por hobby.

Eu faço valer aquela frase: trabalhe com aquilo que ama e não trabalhará nenhum dia da sua vida".

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