Luís Castro vê Liga saudita a superiorizar-se à portuguesa se mantiver evoluç&ati
O treinador Luís Castro, que orienta o Al Nassr, de Cristiano Ronaldo e Otávio, considerou hoje que o campeonato saudita “poderá passar para um patamar superior” ao português, se continuar a evoluir como se espera.
Luís Castro passou uns dias em Portugal durante a paragem para os compromissos das seleções nacionais e prestou declarações à comunicação social no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, antes do regresso à Arábia Saudita, comparando os campeonatos.
“A Liga saudita tem qualidade, tem associados os melhores jogadores do mundo e está a crescer. Vão já dizer-me que, no início de época, levámos cinco [4-1] do Benfica, em que perdemos bem e devíamos até ter perdido por mais, mas, projetando o que fomos na altura e o que somos hoje, talvez agora fosse um jogo muito equilibrado. Portanto, podemos dizer que as Ligas estão num nível bom, embora a Liga saudita poderá passar para um patamar superior, se evoluir para o que se espera”, analisou o treinador luso.
As declarações de Luís Castro surgem um dia depois de Cristiano Ronaldo dizer que vê o campeonato saudita como, neste momento, melhor que o português, que comparou a um ‘circo’, pelas polémicas relacionadas, que suscitam demasiada atenção mediática.
“Apoiar um clube não é necessariamente estar contra outro clube. É fundamental nós todos percebermos isto. Se todos tivermos esta atitude, vamos num caminho melhor do que o caminho do confronto. Devemos olhar para as situações com respeito e, de forma harmoniosa, tentar levar as coisas para onde nós queremos”, começou por dizer.
Luís Castro, de 62 anos, entende que Portugal “tem muito a ganhar” se se mantiver “no caminho da evolução de jogadores jovens e das academias, em contratar os melhores jogadores que conseguir com o seu poder financeiro e se puder olhar para dentro de si próprio e recrutar os melhores jogadores que vão emergindo neste ou naquele clube”.
“São três vetores de crescimento que acho que serão determinantes no crescimento da Liga. Se todos estivermos convencidos de que isto é viável, acho que poderemos ter um crescimento acentuado. Nos últimos anos, temos tido uma seleção nacional a entregar troféus e os clubes podem muito bem acompanhar o crescimento da seleção”, realçou.
Novamente em jeito de comparação, Luís Castro deu o exemplo da visibilidade da Liga saudita em países como o Brasil ou a Espanha, por exemplo, que transmitem as provas do país, ao contrário do português, que tem vindo a perder visibilidade internacional.
“Sei que é uma preocupação dos responsáveis portugueses fazer uma Liga melhor, mas só há possibilidade de isso acontecer quando todos se sentarem à mesa e, de maneira frontal e respeitosa, perceberem qual o caminho a percorrer. Agora, se cada um olhar para dentro de si e quiser percorrer o próprio caminho, independentemente do que os outros clubes estão a fazer, é impossível melhorar. Não digo que todos têm de pensar de forma igual, mas, ao emitir opiniões, todos têm de perceber qual é o resultado das reflexões que os outros fazem das opiniões e, depois, chegar a um consenso”, concluiu.
O Al Nassr ocupa atualmente o sexto posto do campeonato saudita, com nove pontos, numa prova liderada por Al Hilal, de Jorge Jesus e Rúben Neves, e Al Taawon, com 13.
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