Vuelta:& Pacto de não agressão& entre favoritos permite vitória de Jesus Herrada - Ci
A 11.ª etapa da Volta a Espanha em bicicleta ficou hoje marcada por um 'pacto de não agressão' entre os candidatos à vitória, que praticamente nada fizeram para ganhar terreno na subida para Laguna Negra, em Vinuesa.
O pelotão 'meio adormecido' pouco fez para anular a fuga de 26 homens menos bem classificados, onde o espanhol Jesus Herrada (Cofidis) teve o talento para o ataque no momento certo, para mais uma vitória para o seu palmarés.
A camisola vermelha continua com o norte-americano Sepp Kuss (Jumbo-Visma) e no top-10 não houve mexidas, com os outros favoritos a manterem as distâncias relativas, poupando esforços para as subidas do fim de semana.
No final dos 163,2 quilómetros, entre Lerma e La Laguna Negra, em Vinuesa, Herrada venceu em 03:29.17 horas, menos três segundos do que o francês Romain Grégoire (Groupama-FDJ) e oito do que o dinamarquês Andreas Kron (Lotto Dstny).
Eram os últimos lutadores de um grupo numeroso, em que o nome mais sonante era o britânico Geraint Thomas (INEOS), inesperadamente atrasado nesta Vuelta. O italiano Filippo Ganna, seu companheiro de equipa e vencedor do 'crono' da véspera, bem trabalhou para ele, mas sem sucesso.
Na frente do pelotão, com mais de cinco minutos de atraso, os ciclistas da Soudal-Quickstep e da Jumbo-Visma, sobretudo, entendiam-se para a formação de uma barreira, um 'muro' que em nada facilitava a vida a quem tentasse escapar, na escalada final.
A UAE Emirates, do português João Almeida, não estava desagradada com isso, já que lhe dava jeito um ritmo de 'proteção' ao espanhol Juan Ayuso, que tinha caído numa fase inicial da tirada.
Cada vez mais cientes de que não havia perseguição do pelotão, os homens em fuga foram tentando a sua sorte, com Herrada a resguarda-se para um golpe a 300 metros da meta, fazendo valer a experiência de quem já tinha vencido duas vezes na Vuelta.
O equatoriano Joanathan Caicedo (EF Education-EasyPost) chegou a dar a ideia de que ia para a vitória, mas acabou por se comprovar que afinal atacou demasiadamente cedo e caiu para o quarto lugar, na linha da meta.
Kuss passou pela etapa sem qualquer problema e mantém a mesma vantagem para quem o persegue e ainda sonha com a vitória final. Tem o espanhol Marc Soler (UAE Emirates) a 26 segundos e o belga Remco Evenapoel (Soudal-Quickstep) a 1.09, a fechar o pódio provisório.
João Almeida continua em sexto, a 2.16, com o top-10 a incluir ainda potenciais ganhadores como Ayuso e os homens da Jumbo-Visma que venceram o Giro e o Tour, ou seja o esloveno Primoz Roglic e o dinamarquês Jonas Vingegaard.
Os outros portugueses em competição perderam tempo para o pelotão na etapa e atrasaram-se um pouco, com exceção de André Carvalho (Cofidis), que subiu quatro lugares.
Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) é agora o 42.º e Nélson Oliveira (Movistar) o 50º. André Carvalho segue em 146.º e Rui Oliveira em 157.º.
Na quinta-feira corre-se a 12.ª etapa, entre Òlvega e Saragoça, na distância de 150,6 km. Sem dificuldades orográficas assinaláveis, o vento previsto poderá baralhar as previsões de um sprint compacto.
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