Extrema direita dos EUA usa eliminação da seleção feminina do Mundial para promover

Nas redes sociais muitos norte-americanos festejaram a eliminação dos EUA do Mundial, e quase todos ligam o afastamento da sua equipa à posição das atletas sobre questões sociais. Extrema direita dos EUA usa eliminação da seleção feminina do Mundial para promover discurso de ódio Seleção feminina dos EUA

A extrema direita dos Estados Unidos da América está a aproveitar a eliminação da Seleção feminina de futebol no mundial para criticar as jogadoras e promover um discurso de ódio. A Suécia eliminou os Estados Unidos da América, bicampeãs do mundo, nas grandes penalidades (5-4), após nulo até ao prolongamento, no Mundial que decorre na Nova Zelândia e na Austrália.

Donald Trump, antigo presidente dos EUA, foi um dos primeiros a usar a eliminação para fins políticos, mas também para atacar a capitã Megan Rapinoe, conhecida também pelo seu ativismo fora dos relvados.

Numa mensagem publicada na rede social 'Truth, desenvolvida por uma empresa que detém, o antigo presidente dos EUA criticou a atitude das jogadoras ao longo do torneio, dizendo ser um reflexo da presidência de Joe Biden.

"A 'chocante e totalmente inesperada' derrota da seleção dos Estados Unidos contra a Suécia é totalmente representativa do que está a acontecer à nossa nação sob o comando do corrupto Joe Biden. Várias das nossas jogadoras foram abertamente hostis para a América. Nenhum outro país se comportou desta forma, nem de perto. 'Woke' equivale a falhanço", começou por escrever.

"Belo remate, Megan. Os Estados Unidos vão para o inferno", completou, dirigindo-se à capitã da seleção, Megan Rapinoe, que falhou uma grande penalidade.

Apesar de ser bicampeã do Mundo (venceu as últimas edições do torneio), a seleção de futebol feminino dos EUA tornou-se num dos alvos da direita política norte-americana, sobretudo pelo seu posicionamento em defesa da justiça social.

Muitos conservadores ficaram incomodados com as jogadoras norte-americanas que se ajoelharem durante o hino nacional do EUA, uma forma de protesto ao histórico do país em relação à desigualdade racial.

Entre as atletas, o destaque vai para a atacante Megan Rapinoe, peça importante na seleção que venceu a competição em 2015 e 2023, além do ouro olímpico em 2012. A avançada fez diante da Suécia o seu último jogo em mundiais.

Rapinoe é uma das principais vozes na luta pela igualdade salarial e de condições no futebol feminino, além de uma defensora inabalável da igualdade racial e de questões feministas e que envolvem a comunidade LGBTQIA+.

Mas Trump não foi o único. Nas redes sociais muitos norte-americanos festejaram a eliminação dos EUA do Mundial, e quase todos ligam o afastamento da sua equipa à posição das atletas sobre questões sociais.

Alexi Lalas, antigo internacional norte-americano, que jogava como central, foi uma figuras do futebol do país a justificar o afastamento da seleção pelo envolvimento que esta geração tem tido na vida do país e pela suas posições políticas sobre vários temas como igualdade e justiça, mais ligados às posições democratas.

O agora comentador e analista de futebol na 'Fox News' diz que a seleção norte-americana está polarizada.

"Não matas o mensageiro. Este seleção está polarizada. Política, causas, posturas e comportamentos tornaram esta equipa antipática para uma parte da América. Esta seleção construiu a sua marca e o seu poder a ser a melhor, a vencer. Se isso acabar, ela corre o risco de se tornar irrelevante", escreveu Alexi Lalas.

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