Paris2024: Estanguet defende modelo de venda de bilhetes após polémica - Jogos Olímpicos
O presidente do Comité Organizador de Paris2024 voltou hoje a defender o modelo de venda de bilhetes para os próximos Jogos Olímpicos, considerando o processo um “sucesso” com 6,8 dos 10 milhões de bilhetes já vendidos.
“A 14 meses dos Jogos, já vendemos 6,8 milhões de bilhetes, o que demonstra um entusiasmo muito grande. É um sucesso importante em termos de vendas, que ultrapassa os nossos objetivos”, argumentou Tony Estanguet.
O antigo canoísta francês revelou que cerca de 5,2 dos oito milhões de bilhetes disponíveis para o público nas duas primeiras fases de venda – a segunda acabou de fechar – foram vendidos.
O total de 6,8 milhões é atingido com os 1,6 vendidos a coletividades, ao Estado e a dirigentes. Assim, restam cerca de 2,8 milhões de bilhetes para o grande público, que podem ser comprados numa nova fase de venda, a decorrer “este verão”, segundo Estanguet.
Nos últimos dias, a polémica em torno da venda de bilhetes para Paris2024 tem escalado, com as críticas quer ao preço dos mesmos, considerados muito elevados pelo público, quer à escassez dos mesmos, a multiplicarem-se.
Questionado sobre as mesmas, e sobre o facto de os preços elevados porem em causa a premissa por si defendida de uns Jogos Olímpicos “populares”, disse assumir “a estratégia tarifária”.
“A acessibilidade dos Jogos ‘populares’ traduz-se pelo volume e a tarifa dos bilhetes. Consideramos que, com quatro milhões de bilhetes a 50 euros ou menos, um milhão a 24 euros, mas também provas gratuitas […], o nosso compromisso com uns Jogos abertos ao maior numero possível de pessoas foi cumprido”, sustentou, reconhecendo, no entanto, compreender a “frustração” dos compradores, que esgotaram um milhão de entradas em apenas 36 horas, na segunda fase.
O presidente da organização admitiu ainda que, “desde o início, se sabia que não seria possível responder à procura [de bilhetes], que é muito superior à oferta disponível”.
As receitas de bilheteira de Paris 2024, que arranca em 430 dias e termina em 11 de agosto, devem alcançar os 1,4 mil milhões de euros de um orçamento global do Comité Organizador de 4,4 mil milhões.
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