Acervo de Lélia Gonzalez permanecerá em terreiro no Rio, decide juiz

Lélia Gonzalez em foto de 1988

Lélia Gonzalez em foto de 1988 Imagem: Divulgação/Projeto Lélia Gonzalez Vive

O acervo da ativista e filósofa mineira Lélia Gonzalez (1935-1994) permanecerá no Ilê da Oxum Apará, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A decisão é do juiz Edison Ponte Burlamaqui, nesta segunda-feira (16).

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Eu me sinto estranha quando sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Eu acho que aprendo mais com Lélia Gonzales do que vocês poderiam aprender comigo 💥️Angela Davis

💥️Um dos principais gatilhos que a fez despertar para a militância ocorreu quando, em 1964, se casou com o filósofo Luiz Carlos Gonzalez, de quem herdou o sobrenome. Luiz era de família espanhola e branca, e que não aceitava o casamento dos dois porque Lélia era negra.

💥️No começo dos anos 1970, começou sua militância e passou a ser monitorada pela ditadura militar, que a fichou como "subversiva". Ao final da década, já estava mergulhada no movimento negro, chegando a ser uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado e do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras (IPCN). Foi uma das responsáveis pela volta do movimento negro no Brasil, que havia sido abafado pela ditadura.

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