New York Cosmos: veja o legado do Rei Pelé nos Estados Unidos
A história entre Pelé e New York Cosmos está registrada em livros, artigos, documentários, filmes e diversos arquivos das mais variadas categorias. A passagem do Rei nos Estados Unidos, dentro e fora dos gramados, foi crucial para construção de um legado que perdura até hoje no país da América do Norte.
A chegada de Pelé a Nova Iorque pode ser comparada com uma tempestade de categoria cinco que se forma no Oceano Atlântico, ou seja, de super impacto e intensidade. Mas Pelé, diferente da tempestade, foi um fenômeno natural que fez bem ao estado da Costa Leste dos Estados Unidos.
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O New York Cosmos surgiu em 1970. As cores iniciais do clube foram o verde e amarelo, em homenagem à seleção brasileira, campeã da Copa do Mundo no México no mesmo ano com Pelé e companhia.
O primeiro título do time foi em 1972, com a conquista da NASL, principal campeonato do país na época e que hoje equivale ao segunda escalão do futebol nos Estados Unidos.
Pelé chegou ao país em 1975 e logo o New York Cosmos se tornou um dos clubes mais famosos da história.
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1 de 4 Pelé nos Estados Unidos — Foto: New York CosmosPelé nos Estados Unidos — Foto: New York Cosmos
O Rei foi fundamental na popularização do futebol no maior mercado do mundo. O jogador era um produto lucrativo atrelado ao fenômeno do marketing em torno de Pelé.
O sucesso era tanto que os públicos daquela época chegavam a quase 80 mil nos estádios do país para assistir Pelé e os companheiros. A audiência na televisão também tinha ótimos números, com cerca de 10 milhões de telespectadores na rede CBS assistindo ao jogo do Cosmos e Dallas Tornado na estreia do Rei pela equipe.
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2 de 4 O voleio de Pelé pelo Cosmos: craque se aposentou no futebol dos EUA. — Foto: ReproduçãoO voleio de Pelé pelo Cosmos: craque se aposentou no futebol dos EUA. — Foto: Reprodução
Em 1977, o Cosmos era o principal time dos Estados Unidos e contava com grandes estrelas além de Edson Arantes do Nascimento, como Carlos Alberto Torres, Beckenbauer e Eusébio. Naquela temporada, o time foi campeão da NASL.
O camisa 10 se aposentou em 1977, em um amistoso entre Cosmos e Santos. Ao todo, Pelé marcou 65 gols em 107 partidas pelo clube e deixou um legado imensurável.
3 de 4 Pelé Cosmos - 01 Janeiro 1977 — Foto: Getty/Focus On Sport;Pelé Cosmos - 01 Janeiro 1977 — Foto: Getty/Focus On Sport;
Na década seguinte, nos anos 80, o Cosmos entrou em crise financeira e deixou de ser um time de futebol de campo. O clube fechou as portas e só retornaria as atividades depois de quase trinta anos.
Em 2010 a marca Cosmos foi negociada e posta em ação num plano de retorno aos gramados. Pelé chegou a se tornar Presidente de honra do clube, mas o projeto de reconstrução não funcionou.
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O Cosmos decidiu ignorar a MLS (Major League Soccer), principal liga de futebol dos EUA, para competir na NASL.
4 de 4 Discurso de Pelé em sua despedida do futebol em 1977 — Foto: New York CosmosDiscurso de Pelé em sua despedida do futebol em 1977 — Foto: New York Cosmos
O campeonato entrou em falência em 2018 e o Cosmos ficou em hiato por dois anos. O time retornou a campo na NISA (National Independent Soccer Association), equivalente a terceira divisão no Brasil. Mas em janeiro de 2023, o Cosmos encerrou suas atividades devido à pandemia do coronavírus.
O time do qual o Rei fez história nunca voltou a ter o mesmo destaque da década de 70. Jogadores chegaram e foram embora. O clube fechou as portas, abriu novamente e mais uma vez finalizou os serviços profissionais. Tudo passou no New York Cosmos, menos o legado de Pelé.
O crescimento do "soccer" no país se desenvolveu a partir da chegada de Pelé em 1975.
Hoje, as médias de público da Major League Soccer e do Brasileirão são equivalentes. A temporada regular da MLS de 2022 contou com mais de 10 milhões de torcedores nos estádios, superando o recorde de 8,6 milhões em 2023.
A final da MLS da última temporada alcançou uma audiência de 2,16 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Ao longo dos anos, outros craques chegaram ao país para jogar bola, como Beckham, Pirlo e Ibrahimovic.
E se engana quem pensa que apenas jogadores experientes atuam em uma das sedes da próxima Copa do Mundo. Os jovens Brenner, ex-São Paulo, e Talles Magno, ex-Vasco, são exemplos disso. Cotados no mercado europeu, os brasileiros surpreenderam ao tomar a decisão de jogar nos Estados Unidos.
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