"Parece que alguém me derrubou": a história do gol que Dinamite não conseguiu fazer contra o Vasco

Morreu neste domingo o maior ídolo do Vasco, Roberto Dinamite, aos 68 anos. Ele vinha fazendo tratamento para combater um tumor no intestino desde o fim de 2023. O ex-atacante faleceu aos 68 anos e deixou muitos gols e jogadas bonitas numa trajetória cheia de recordes imbatíveis no Brasil.

Apesar da consagração e ligação com o Vasco, Dinamite ainda vestiu outras três camisas. Teve curtas passagens pelo Barcelona em 1979 e 1980 e também defendeu a Portuguesa de Desportos, de São Paulo, e o Campo Grande (RJ) no fim da carreira.

Em 1989, ele enfrentou o Vasco, pela Portuguesa, pela primeira vez na carreira. O duelo foi marcante para Dinamite e para a torcida vascaína. Roberto foi saudado aos gritos de "rei" pela torcida vascaína, entrou em campo com a camisa da Lusa, mas com crianças vestidas de Vasco.

Roberto Dinamite em partida pela Portuguesa: aos 35 anos, marcou nove gols em 18 jogos em boa campanha da Lusa — Foto: Divulgação / Portuguesa 1 de 1 Roberto Dinamite em partida pela Portuguesa: aos 35 anos, marcou nove gols em 18 jogos em boa campanha da Lusa — Foto: Divulgação / Portuguesa

Roberto Dinamite em partida pela Portuguesa: aos 35 anos, marcou nove gols em 18 jogos em boa campanha da Lusa — Foto: Divulgação / Portuguesa

A situação foi ainda mais atípica porque o artilheiro de todas as edições do Brasileiro - 190 gols ao todo e nove em 17 jogos, atrás apenas de Tulio (11, pelo Goiás) e Bizu (10, no Náutico), em 1989 - perdeu chance incrível de maneira que nunca soube explicar.

O confronto aconteceu na reta final da primeira fase num empate por 0 a 0 no dia 21 de outubro - a Portuguesa terminou na frente do Vasco na classificação, mas terminaria em sétimo lugar. O Vasco de Bebeto foi campeão brasileiro.

O lance aconteceu no final daquele confronto. Roberto recebeu na medida na frente do goleiro Acácio, em São Januário, para marcar, mas não conseguiu acertar em cheio. Furou e perdeu a chance de marcar contra o clube que o revelou e contra os torcedores que o idolatraram durante toda a carreira.

- Nunca tinha vivido aquilo. Foi um jogo difícil para mim, pela primeira vez vestir uma outra camisa em São Januário contra o Vasco. Não dormi bem à noite. Tive uma oportunidade no final do jogo. Passe de Toninho e quando virei para finalizar, girei o corpo e a impressão que tive foi que alguém me deu uma rasteira, uma banda, eu caí e a bola foi embora - recordou Roberto Dinamite em entrevista.

Pelo Campo Grande, em 1991 - a equipe ficou na quinta colocação, atrás apenas dos quatro grandes no Carioca -, houve dois confrontos com o Vasco, mas ele não jogou.

Com Bebeto retirado do Flamengo antes da competição, o Vasco terminaria campeão brasileiro pela segunda vez. O ídolo vascaíno, então com 35 anos, comandou a boa campanha da Lusa, dirigida por outro ex-vascaíno, Antônio Lopes. A Portuguesa terminou a primeira fase em terceiro lugar, na frente do próprio Vasco, e se classificou para a fase final.

Na ocasião da partida contra o Vasco, em reportagem de campo, Roberto Dinamite lamentou ter que enfrentar o ex-clube.

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