Análise: Fluminense passa no teste em raro "vestibular" de Diniz, mas vai precisar de "segunda chamada&a

Adepto da repetição da equipe titular, o técnico Fernando Diniz promoveu algo raro no Fluminense diante do Nova Iguaçu na última terça-feira, pelo Campeonato Carioca: trocou um time inteiro de um jogo para o outro, incluindo cinco dos sete reforços recém-contratados para 2023. A escalação dos reservas, o que poderia ser motivo de desinteresse para a torcida, acabou criando uma expectativa diferente para a partida: ver em ação os novos jogadores e aqueles que andavam sumidos.

💥️+ Contratações do Fluminense para 2023: veja quem chega, quem fica e quem vai embora

1 de 3 Lima, Vitor Mendes e Alan comemoram gol do Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Lima, Vitor Mendes e Alan comemoram gol do Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Mas não dá para dizer que a realidade correspondeu à fértil imaginação tricolor. Até era esperado que a falta de entrosamento atrapalhasse, o que é natural, no entanto os cerca de 22 mil torcedores presentes ao Maracanã certamente esperavam bem mais do que viram.

No raro "vestibular" de Diniz, o Fluminense passou no teste com a "nota de corte", digamos assim: venceu por um magro 1 a 0 jogando o famoso para o gasto 💥️(veja os lances no vídeo abaixo). Porém, nada que uma "segunda chamada" (leia-se mais oportunidades) não ajude.

Muito menos criativo do que o já encaixado time titular, o Tricolor reserva passou longe de ter o mesmo volume de jogo, apesar dos 61% de posse de bola. Ofensivamente, o Fluminense teve 11 finalizações e quatro chances de gols (basicamente todas na bola aérea). São elas: a cabeçada de Alan após cruzamento de Keno aos 25 minutos; outra finalização de cabeça com Michel Araújo aos 35; o golaço de Lima da entrada da área aos 43; e a cabeçada de Keno já no segundo tempo, aos 26.

O frágil Nova Iguaçu pouco conseguiu assustar o Fluminense no jogo, mas na etapa final só não empatou porque o goleiro tricolor Pedro Rangel salvou uma cabeçada no cantinho. Há de se destacar a evolução defensiva do Tricolor, que sofreu apenas um gol nas últimas sete partidas, considerando as rodadas finais do Campeonato Brasileiro do ano passado. Sempre apontado como um ponto fraco dos trabalhos de Diniz, os números defensivos vêm mostrando uma clara evolução.

2 de 3 Jorge fez um bom ! tempo contra o Nova Iguaçu, mas depois cansou — Foto: André Durão/ge

Jorge fez um bom ! tempo contra o Nova Iguaçu, mas depois cansou — Foto: André Durão/ge

Dos reforços, podemos dizer que os quatro estreantes deixaram uma potencial boa impressão: Vitor Mendes teve pouco trabalho, mas foi seguro quando exigido; Guga levou perigo sempre que foi ao ataque; Jorge, ainda aparentando estar um pouco fora de forma, fez um bom primeiro tempo, só que cansou na etapa final; e Giovanni entrou bem e querendo jogo no fim, arriscando chutes e dribles.

Jogando pela primeira vez como titular no Fluminense, Keno e Lima já haviam estreado no sábado passado e aumentavam a expectativa dos tricolores. Ambos dessa vez foram discretos, exceto pelo chutaço de Lima que decidiu o jogo. O meia atuou mais recuado, na função de segundo volante, mas pisando na área adversária. É de se imaginar que Jorge e Keno em breve saltarão para o considerado time titular, enquanto os demais aumentarão a sombra sobre os concorrentes.

3 de 3 Giovanni em sua estreia no Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Giovanni em sua estreia no Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC

Diniz não confirmou se irá seguir rodando o time, o que fez parte da extensão da pré-temporada tricolor. Mas a tendência é que o treinador volte a usar os titulares na próxima rodada. O Fluminense se reapresenta na tarde desta quarta-feira no CT Carlos Castilho e volta a campo no domingo, contra o Madureira no Kleber Andrade, em Cariacica (ES), pela terceira rodada do Carioca. O Tricolor é o segundo colocado com seis pontos empatado com o líder Flamengo, mas com menor saldo de gols.

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