Hugo Cabral vai do céu ao inferno e começa ano cobrado no Santa Cruz; veja bastidores da volta
Era 15 de dezembro. Hugo Cabral, depois de um mês de férias e ultimato da diretoria, voltava aos treinos com o elenco do Santa Cruz. Na sala de Ranielle Ribeiro, o atacante sentou à mesa e ouviu apenas duas perguntas:
- Você está com a cabeça aqui? - questionou o técnico.
- 💥️'Tô' - respondeu Hugo.
- Eu posso contar com você? - acrescentou o treinador.
- 💥️Pode -💥️ disse o jogador.
Dali, a conversa seria repassada ao restante do grupo. E assim foi feito, revelou o comandante tricolor ao Podcast Embolada.
1 de 2 Hugo Cabral Santa Cruz x Náutico — Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco PressHugo Cabral Santa Cruz x Náutico — Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press
Só que, diferentemente de 2022, quando se sagrou artilheiro do time na Série D com sete gols - alcançando também, àquela altura, uma das melhores marcas da carreira - Hugo Cabral iniciou o ano sob fortes críticas.
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Cobrado pela torcida pelo desempenho em campo, algo que lhe foi tão favorável na temporada passada. O atacante, por exemplo, havia garantido ao menos oito pontos para o clube na fase de grupos do Brasileiro.
2 de 2 Hugo Cabral em Santa Cruz x Juazeirense — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press
Hugo Cabral em Santa Cruz x Juazeirense — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press
Nos cinco jogos até agora disputados em 2023, Hugo marcou um gol, de pênalti - decisivo, diga-se, na vitória por 1 a 0 sobre o Caucaia, que rendeu ao Santa Cruz passagem à segunda fase da seletiva da Copa do Nordeste. Na sequência das partidas, o jogador de 34 anos passou em branco.
Contra o Náutico, inclusive, apimentou o clássico provocando o rival. Dentro de campo, porém, pouco fez - e até perdeu a chance de colocar de novo o time à frente do placar, empatado em 3 a 3, ao errar a cabeçada na área em cruzamento de Lucas Silva. 💥️Substituído, Hugo saiu vaiado pela torcida, assim como na partida anterior, diante do Afogados da Ingazeira.
Internamente, a comissão técnica do Santa Cruz tem tratado com paciência a situação do jogador, ao passo em que, ao mesmo tempo, o cobra para performar mais e melhor. É de entendimento também do próprio atleta de que está em dívida com o clube.
Em tese, Hugo terá até o fim de abril, quando termina seu contrato, para devolver alegrias à torcida tricolor. Muito ou pouco? Só o tempo dirá.
- Hugo é um atleta que vai ser decisivo na hora que mais precisarmos dele. Então, é dar tranquilidade, dar confiança que ele precisa. Eu vejo que ele está crescendo um pouco mais fisicamente, está se desenvolvendo por ter chegado depois, e vai ser um processo gradativo para que ele seja o Hugo decisivo que todos nós esperamos e confiamos que ele possa ser - finalizou Ranielle.
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