Público brasileiro pode perder o auge de Alexandre Pantoja no UFC

Alexandre Pantoja finalizou Kai Asakura no UFC 310

Alexandre Pantoja finalizou Kai Asakura no UFC 310 Imagem: Louis Grasse/ Px Images

Alexandre Pantoja brilhou novamente neste sábado (7) ao vencer o japonês Kai Asakura. Aos 34 anos, o brasileiro defendeu seu cinturão dos pesos-moscas (57 kg) pela terceira vez, consolidando-se como um dos campeões mais vitoriosos dos últimos anos. No entanto, seu sucesso dentro do octógono ainda não se reflete com a mesma intensidade junto ao público, e talvez nunca se reflita.

Para construir um legado sólido, Pantoja superou a maioria dos principais nomes da divisão e liderou duas edições numeradas do UFC. Além disso, ele já soma quase dois anos de reinado, tempo mais do que suficiente para apresentar ao público não apenas seu talento, mas também sua personalidade. E é justamente aí que a equação parece não fechar - pelo menos até agora.

Exemplo de atleta, respeitoso e dedicado à família, Pantoja reúne todas as qualidades para cativar os fãs. Entretanto, sua postura discreta não parece atrair o público casual - aquele que se envolve mais com a narrativa e o espetáculo do que com o esporte em si.

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Com um estilo sereno e avesso a polêmicas, o campeão opta por não construir rivalidades ou criar atritos para chamar atenção. Embora isso seja admirável, tal abordagem dificilmente resulta em vendas expressivas de pay-per-view ou em grande engajamento entre o público geral - a fatia de consumidores que, na prática, gera os números milionários do esporte.

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Na coletiva de imprensa antes do evento, Pantoja fez uma declaração que chamou atenção: "Acho que eles não estão prontos para um campeão como eu".

Seja quem for esse "eles", é evidente a desconexão entre um dos campeões mais sólidos da atualidade e os fãs casuais. E isso, de fato, é lamentável.

Por se tratar da categoria mais leve do MMA masculino, os pesos-moscas geralmente atingem seu auge físico até os 35 anos. Isso significa que, considerando a curta janela de tempo, é possível que o melhor de Pantoja passe despercebido para aqueles que não acompanham o esporte com regularidade.

No Brasil, essa situação se torna ainda mais evidente. Em maio deste ano, Pantoja liderou o card do UFC no Rio de Janeiro, mas ficou claro que, ao menos por enquanto, ele ainda não conquistou a popularidade esperada. Embora para o evento um campeão popular seja financeiramente mais vantajoso, a categoria dos pesos-moscas historicamente enfrenta desafios para ganhar destaque.

A menor frequência de nocautes e finalizações certamente pesa nessa equação. Porém, como atleta brasileiro, Pantoja poderia contar com o apoio massivo de seus compatriotas e reforçar o famoso ditado: "Brasileiro não gosta de esporte, gosta de campeão". No MMA, ao que tudo indica, nem isso parece ser suficiente.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do

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