Favoritismos do Paulistão #6: veja chances de vitória na rodada

As históricas "Academias" do Palmeiras fizeram frente ao mítico Santos da Era Pelé. Agora, Ademir da Guia disse que o Palmeiras tem uma nova "Academia", uma equipe multicampeã capaz de ser competitiva contra qualquer adversário, e sua presidente comprou um avião para poupar fisicamente os atletas do clube, enquanto o Santos lida com falta de dinheiro, dívidas, descrédito de desejados reforços, invasão de centro de treinamento e pressões internas e externas para que a diretoria contrate a qualquer custo, o que explica perfeitamente porque o Santos se enfiou no buraco em que está, pela pressão por gastar sem poder em vez de apoiar um plano objetivo. Enquanto o Palmeiras se organiza para ser um clube, o Santos tenta pelo menos continuar a ser um time de primeira divisão.

A equipe santista pode ter a seu favor um natural relaxamento dos jogadores palmeirenses, já que a intensidade da comemoração imediatamente após a vitória sobre o Flamengo, na conquista da Supercopa do Brasil, evidenciou quanta energia foi colocada em campo no sábado passado. Só que o Palmeiras já mostrou outras vezes ter cabeça fria e coração quente para lidar com as bonanças.

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A diferença técnica entre os elencos é abissal, muito maior do que um avião particular. O futebol é cheio de surpresas, mas o Santos não vence o Palmeiras há dez jogos, o maior jejum dos clássicos estaduais entre os gigantes que estão na Série A. Neste Paulistão, o Palmeiras sofreu 71 finalizações e levou apenas um gol, em jogada rasteira. Sem contar um de pênalti, o Santos só fez gols (três) a partir de jogadas aéreas. A vitória do Santos seria uma surpresa maior que o Morumbi, palco do jogo. Mas é futebol.

O Espião Estatístico apresenta as chances de vitória de cada equipe na rodada do Paulistão. Ao final do texto, apresentamos a metodologia.

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Incômodo de lembrar, mas faz parte: o são-paulino viu algo bem parecido na rodada passada. O São Paulo é o time que mais finalizou (97 vezes, praticamente o dobro (87%) do Santo André, 52) e o que menos sofreu finalizações no Paulistão (37 contra 65 sofridas pelo Santo André, 43% menos). Só que o Santo André tem a quarta maior resistência defensiva do campeonato, com um gol sofrido a cada 16,3 conclusões contrárias, enquanto o São Paulo tem a quinta menor resistência, um gol sofrido a cada 9,3. Adivinha qual dos dois vem sendo mais eficaz no ataque? O Santo André tem o quinto ataque mais eficiente, com um gol a cada 8,7 tentativas, e o São Paulo, o quinto menos eficiente, um gol a cada 13,9 conclusões. Contra o Corinthians, o São Paulo tentou, tentou e não conseguiu, mas contra o Santo André tem potencial para fazer gol a partir de jogada aérea, já que sem contar um gol de pênalti, o São Paulo fez seis gols e em três deles a bola viajou pelo alto, e o Santo André levou dessa forma dois dos quatro gols que sofreu. Do lado do Santo André é de se esperar por jogadas rasteiras, já que sem contar dois gols de pênalti, fez três de seus quatro gols em trocas de passes, exatamente a mesma marca dos gols sofridos pelo São Paulo.

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Não falta emoção nos jogos da Portuguesa, com o ataque mais eficaz do campeonato, um gol a cada 7,3 tentativas, e a defesa menos resistente a pressões, um gol sofrido a cada 6,7 conclusões contrárias. Em média, a Portuguesa sofre 12 finalizações por partida e faz 8,8, o que em um dia ruim deixa as coisas difíceis, com potencial para levar dois gols e fazer um. Para piorar, a Inter de Limeira está com a terceira defesa mais resistente da competição, com um gol sofrido a cada 17,8 conclusões contrárias. Só que o ataque vem encontrando dificuldades, muitas, o mais ineficiente do campeonato, com dois gols marcados, sendo um de pênalti, um feito a cada 31 tentativas. Um jogo que foge muito pouco da aleatoriedade.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo), combinado com o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações massivas para gerar resultados. O estudo foi desenvolvido a partir de dados de diversas fontes, como CBF, Globo e Footstats.

Vale ressaltar que campeonatos de pontos corridos, como o Brasileirão, são mais fáceis de prever porque a influência do acaso tende a ser diluída entre as 38 rodadas, diferente de apenas 12 rodadas da primeira fase do Paulistão. Para os primeiros jogos do ano, a tarefa é mais difícil, já que o acaso tem peso maior e não sabemos exatamente como virão os times após mudanças de elenco (e para alguns treinadores) e sem ritmo de jogo.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Valmir Storti e Vitória Lemos

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