Ferrovia rumo à segunda divisão

Neste sábado comentei para o Première o duelo entre Ferroviária e Botafogo-SP. Mesmo com o jogo sendo disputado na Fonte Luminosa, em Araraquara, que em outros tempos já fez diferença para o time da casa, o Botafogo de Paulo Baier entrou em campo com uma ponta de favoritismo. Por conta de ser uma equipe com boa consistência defensiva, que olha para o alto da tabela, sonha com mata-mata, embora viesse de uma derrota em casa para o Ituano. E exerceu esse favoritismo. Bateu por 2 a 1 uma Ferroviária, agora de Elano, que simplesmente não consegue se acertar. Ganhou na estreia, do Água Santa, e depois não conseguiu ganhar de mais ninguém. Como fizeram Portuguesa e Ituano, outros times que andam muito enrolados no Paulistão, a Ferroviária trocou de técnico, dispensou Vinicius Munhoz, mas o time continua sofrendo, e parece estar sobre um trilho que termina na Série A2. estadual.

A chuva, que infelizmente virou uma personagem frequente nos jogos do Paulista, acabou com a possibilidade de um jogo normal. Simplesmente não houve futebol, e sim um bumba-meu-boi aleatório que reduziu a zero qualquer diferença entre os dois times. Ou quase a zero. Houve um lance, aos 21 minutos, em que o Botafogo subiu pela direita e conseguiu dar três toques na bola sem que ela parasse. Osman tocou a Salatiel no bico direita da área. Este, de primeira, rolou na altura da meia-lua para Tárik, que se aproximava na corrida e, também de primeira, bateu ao gol. Thomaz tentou interceptar de cabeça, mas apenas conseguiu tirar seu goleiro, Saulo, da jogada: Botafogo 1 a 0.

No segundo tempo, depois que a chuva parou (embora o campo continuasse um pouco pesado), a Ferroviária teve uma chance rara de mudar o panorama do jogo e, quem sabe, seu destino na temporada. Gustavo Henrique tentou interceptar um passe longo ao impressionante John Kennedy. Não deu em bola e Kennedy passou pelo goleiro antes de empatar o jogo - a cria do Fluminense consegue ser o artilheiro do Paulista com 6 gols jogando no lanterna do campeonato, que fez apenas 8 gols em toda a competição. Mas nem esse gol dado pelo destino fez a Ferroviária jogar. Menos de dez minutos depois, Augusto se atirou para cortar um chute e deixou a bola bater em seu braço aberto. O time da casa não tinha força nem para reclamar - embora o pênalti tenha sido claro o bastante. Salatiel bateu com categoria e recolocou o Botafogo na frente do placar. Onde ficou até o apito final do árbitro, e sem ser muito incomodado pela resignada Ferroviária.

Nesta quarta reencontro a Ferroviária no Premiére. Diante da Portuguesa, numa espécie de final de campeonato às avessas, já que as duas correm o risco de morrerem abraçadas ao fim da primeira fase, encaixadas no trilho da temida Série A. A diferença (que, é claro, pode não se confirmar), é que, ao contrário do time de Elano, a Portuguesa de Gilson Kleina está lutando, como deixou claro com o pontinho arrancado diante do Corinthians no domingo - e que pode decidir destinos na última rodada.

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