Campeão mundial, linha dura e "coração valente": relembre Adílson Batista, novo técnico do Botafogo-SP

Adilson batista; Cruzeiro — Foto: Douglas Magno/BP Filmes. 1 de 2 Adilson batista; Cruzeiro — Foto: Douglas Magno/BP Filmes.

Adilson batista; Cruzeiro — Foto: Douglas Magno/BP Filmes.

Campeão da Libertadores e do Mundial, “vítima” do Atlético-GO, rebaixado com clube onde teve maior passagem, fã de Jorge Sampaoli, adepto do “ferrolho” com três volantes e há dois anos recuperado de um infarto após dois cateterismos.

Perto de completar 55 anos, no dia 16 de março, o técnico Adílson Batista ganhou de presente a missão de conduzir o Botafogo-SP à elite do futebol brasileiro e manter o time na zona de classificação do Campeonato Paulista. É mais um desafio diante de tantos que o ex-zagueiro já enfrentou.

Como atleta, integrou o elenco inesquecível na memória de qualquer torcedor do Grêmio que ganhou tudo na década de 1990 sob o comando de Felipão e com Jardel, Paulo Nunes, Rivarola e Arce nas fileiras. A Libertadores de 1995 e o Brasileirão de 1996 foram os mais marcantes.

A carreira de treinador de Adílson Batista começou no interior de São Paulo, no Mogi Mirim, em 2001, logo após ele integrar o elenco do Corinthians Campeão Mundial de clubes da Fifa, pelo Corinthians, em 2000.

Naquele mesmo ano, ainda como zagueiro, ficou marcado na eliminação do Timão para o Palmeiras na semifinal da Libertadores, ao “erguer os braços” enquanto Galeano mergulhava por trás de sua cobertura para marcar, de cabeça, o gol da vitória do Verdão, que avançou após disputa nos pênaltis.

Mas, voltando à casamata, livrou o Sapão do rebaixamento em 2000, mas acabou caindo no Paulistão do ano seguinte, junto com o Guarani. Logo depois, ele foi contratado pelo América-RN, onde conquistou seu primeiro título como técnico, o Campeonato Potiguar.

Após boas campanhas com Avaí e Paraná Clube, chegou ao Grêmio em 2003 com a missão de livrar o time do rebaixamento. Conseguiu, mas na temporada seguinte, o Tricolor, que tinha salários atrasados e problemas de gestão, acabou rebaixado. Batista foi demitido antes de a queda ser sacramentada.

No Paysandu, livrou o time da queda no Brasileirão de 2004 e quase conseguiu uma vaga na Sul-Americana. No ano seguinte, comandou o Sport em uma campanha que, por muito pouco, não rendeu a queda na Série B. No Figueirense conquistou o segundo título como técnico: campeão catarinense de 2006.

No mesmo ano, comandou o Jubilo Iwata-JAP, onde havia jogado como técnico, e conquistou o quinto lugar no campeonato japonês. Voltou ao Brasil em 2008, para viver o período mais vitorioso da sua carreira, no Cruzeiro.

Adilson Batista dando uma voadora numa placa de publicidade após gol do Cruzeiro em 2009 — Foto: Reprodução / TV Alterosa

Foi bicampeão mineiro em 2008-09, perdeu a final da Copa Libertadores para o Estudiantes-ARG em 2009. Voltou a levar o Cruzeiro à Libertadores de 2010, após uma reação histórica, que rendeu a "voadora" numa placa de publicidade. Dirigiu a Raposa por 170 jogos, a oitava maior longevidade de um técnico na história do time.

Em São Paulo, comandou os gigantes Corinthians, São Paulo e Santos. O fato curioso é que “caiu” nos dois primeiros clubes após derrotas para o Atlético-GO. Pelo Timão, um 4 a 3 para o Dragão, o quinto jogo sem triunfo, selou a demissão, em 2010.

No Tricolor, em 2011, novo revés para o time goiano, desta vez por 3 a 0, marcou a saída do Morumbi. Ficou quatro meses no Santos naquele mesmo ano, caiu no Paulistão após perder para o São Bernardo.

Adílson Batista pelo Corinthians em 2010 — Foto: Agência Estado 2 de 2 Adílson Batista pelo Corinthians em 2010 — Foto: Agência Estado

Adílson Batista pelo Corinthians em 2010 — Foto: Agência Estado

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A carreira voltou a ser marcada por rebaixamentos, desta vez com Batista presente até o fim. Em 2013, chegou para tentar livrar o Vasco da degola, não conseguiu, mas foi mantido no cargo. Acabou dispensado no ano seguinte após sequência ruim na Série B.

Ficou três anos parado, até voltar ao América-MG em 2018 e participar da campanha que culminou com o rebaixamento do Coelho no Brasileirão, tendo sido demitido antes do fim da disputa. Na temporada seguinte, salvou o Ceará da queda no nacional, mas foi demitido antes de a disputa terminar.

No mesmo ano, tentou livrar o Cruzeiro do rebaixamento, mas não conseguiu. Diante de um time desorganizado, foi mantido no cargo em 2023, quando mal teve jogador para organizar um treino e acabou demitido antes mesmo de enfrentar o Botafogo-SP pela Série B.

- Ele consegue arrumar bem os times taticamente, principalmente na parte defensiva. Em 2023 e 2023, pegou um time já com muitos problemas externos. No começo de 2023, chegou a não ter nem jogador suficiente para treinos – relata Gabriel Duarte, setorista do 💥️ge em Minas.

No início de 2023, o treinador sofreu um infarto e passou por dois cateterismos, ficando praticamente dois anos afastados do trabalho. O treinador relata a passagem como “um susto”, mas disse que jamais perderia o estilo aguerrido.

Voltou a trabalhar na temporada passada, no comando do Londrina, que chegou a brigar por uma vaga na elite do futebol nacional, mas desandou nas rodadas finais e acabou na nona colocação da Série B.

Nos três últimos jogos, o treinador não pôde ficar à beira do gramado por causa de uma cirurgia no joelho. Acabou não renovando com o Tubarão para a sequência da temporada.

Neste sábado, às 15h, contra o Água Santa, em Diadema, o Botafogo-SP será comandado interinamente por José Leão. Batista acompanha o jogo das tribunas e deve ter contato com o elenco na concentração, em São Caetano, nesta sexta-feira.

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