Americanos vão às urnas com o destino do mundo no boletim de voto &

Os americanos vão esta terça-feira às urnas para o dia final de votação para as eleições que vão decidir o rumo do país, mas também da geopolítica mundial. 💥️Há muito em jogo para a Europa, e por arrasto, para Portugal. A guerra na Ucrânia, a garantia de segurança do Continente ou as relações comerciais entre os dois blocos seguirão um rumo muito diferente dependendo de quem chegar à Casa Branca. Dois ex-ministros dos Negócios Estrangeiros e dois ex-secretários de Estado traçam as consequências de uma vitória de Donald Trump ou Kamala Harris.

“Não creio que os resultados das eleições nos EUA tenham um impacto especial em Portugal, individualmente, mas através da relação com a Europa afetará imenso. 💥️Não vale a pena dourar a pílula. A relação entre os Estados Unidos e a União Europeia será uma coisa com Harris e outra com Trump. E com Trump será muito mais problemática, difícil e com menos pontos positivos”, afirma 💥️João Gomes Cravinho, que foi ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros nos governos de António Costa.

💥️António Martins da Cruz, que diz não gostar de nenhum dos candidatos, considera “indiferente quem ganha”. “💥️Portugal é, simultaneamente, europeu e atlântico e, por isso, temos sempre de ter boas relações com a potência que domina o Atlântico Norte. Portugal é um país membro da NATO, o que significa que 💥️a nossa defesa seguramente depende da NATO e dos EUA”, afirma o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas do Governo de Durão Barroso.

Essa garantia de defesa é um dos pontos de interrogação que uma vitória do candidato do Partido Republicano levantará. Se com Kamala Harris é esperada, em larga medida, uma manutenção do atual ✅status quo, o regresso de Donald Trump à Casa Branca promete mudanças. A mais relevante para a União Europeia (UE) poderá ser no rumo da guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

💥️O republicano tem repetido que, se for eleito, põe fim à guerra da Ucrânia “em 24 horas”, sem, no entanto, apresentar um plano concreto de como o fará. JD Vance, candidato à vice-presidência, deixou algumas pistas durante uma entrevista ao Shawn Ryan Show, em setembro, defendendo a 💥️manutenção “da atual linha de demarcação entre a Rússia e a Ucrânia, convertida numa zona desmilitarizada”, e uma garantia à Rússia “de neutralidade da Ucrânia — 💥️não se junta à NATO, não se junta a algumas destas instituições aliadas”. Um plano próximo das pretensões de Vladimir Putin, que poderia passar também por um corte no apoio militar e financeiro a Kiev.

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