Diretor financeiro da Ambev (ABEV3) minimiza receios sobre risco sacado e reforma tributária

Ambev

Lira também afirmou que a Ambev vai procurar alternativas para um eventual fim da desoneração tributária sobre o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) (Imagem: Rafael Borges/Money Times)

O diretor financeiro da 💥️Ambev (💥️ABEV3), Lucas Lira, afirmou nesta quinta-feira que a empresa segue focada em conseguir superar desempenho que obteve no 💥️Brasil em 2022 e recuperar operações no exterior impactadas por 💥️inflação, clima desfavorável e competição.

Lira, junto com o presidente-executivo, Jean Jereissati Neto, procuraram minimizar receios do mercado sobre eventuais impactos na Ambev decorrentes da crise da 💥️Americanas logo no início de suas falas durante conferência com analistas, embora não tenham mencionado o nome da varejista em seus comentários iniciais. Ambas as empresas têm entre seus principais acionistas os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

“Não apoiamos transações de risco sacado, quando fazemos é exceção… Os valores envolvidos são imateriais e isso não é uma questão para nós”, disse Lira em inglês.

O executivo se referiu às operações que foram o ponto focal das revelações de problemas contábeis que revelaram um rombo de pelo menos 20 bilhões de reais na Americanas no início deste ano, que levaram a rede de varejo a entrar em recuperação judicial e que chegaram a impactar o valor das ações da companhia de 💥️bebidas.

Lira também afirmou que a Ambev vai procurar alternativas para um eventual fim da desoneração tributária sobre o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) nos planos de reforma tributária do governo. “Se o JCP não for mais dedutível, vamos procurar medidas alternativas para mitigar.”

Questionado sobre o que pode ter segurado as vendas em volume da Ambev no Brasil no quarto trimestre, um período marcado pela realização da Copa do Mundo, Jereissati sinalizou que o crescimento poderia até ter sido maior se o Brasil tivesse avançado mais na competição e o clima fosse mais favorável.

A empresa divulgou mais cedo crescimento de 4% nos volumes de cerveja vendidos no Brasil nos três últimos meses do ano passado sobre o mesmo período de 2023.

“O crescimento de 4% foi bom. Vimos melhoria sequencial de participação de mercado…O palpite é que a Copa puxou 1,5 ponto percentual dos volumes no trimestre. Poderia ter sido 1 ponto mais se o Brasil fosse para as finais”, disse o executivo, citando ainda que o clima chuvoso entre o final do ano passado e início deste ano também afetou o desempenho.

Analistas do JPMorgan afirmaram em relatório após a conferência que reduziram a estimativa de receita da Ambev para este ano em 2%, mantendo a expectativa de Ebitda de 25,4 bilhões de reais. A equipe liderada por Lucas Ferreira projeta queda nos volumes de cerveja no Brasil em 2023 de 1,4%, ante recuo de 1% em projeção anterior, por causa do início de ano chuvoso no Brasil.

As ações da Ambev exibiam queda de 2,15% às 16h08, enquanto o Ibovespa recuava 0,25%.

Jereisatti afirmou ainda que a Ambev não vai mudar sua estratégia de precificação neste ano, preferindo tomar suas decisões de preços mais de olho em renda disponível e demanda dos consumidores, ante os efeitos de calendário sobre os custos.

Segundo o executivo, como a empresa está vendo uma normalização na trajetória dos custos, “isso nos deixará em uma melhor posição em termos de margens”.

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