BNI Europa procura novo comprador após falhar negócio com brasileiros &
O acionista angolano do 💥️BNI Europa está de novo à procura de um comprador para o seu banco em Portugal, depois de falhada a tentativa (terceira) de venda aos brasileiros do Banco Master num ano em que regressou aos lucros.
O banco português revela, no relatório e contas de 2023, que o novo processo de alienação captou o “💥️interesse e procura de diversas entidades que se enquadram nos perfis pretendidos e requeridos para o efeito” e salienta que está💥️ “confiante no sucesso das diligências em curso”.
O BNI acordou a venda ao Banco Master em 2023. Os brasileiros chegaram a pagar um sinal de 8,5 milhões de euros, que tinha como garantia as ações do próprio banco português caso o negócio não chegasse a um bom porto e o BNI não conseguisse restituir o dinheiro.
Com a aquisição do BNI Europa, o 💥️Master queria ser “banco dos brasileiros na Europa”, como chegou a adiantar ao ECO. Porém, em agosto do ano passado, ano e meio depois de o processo ter dado entrada no Banco de Portugal para aprovação, o banco brasileiro retirou a oferta de compra por conta de mudanças nos planos de expansão internacional. Mas, segundo o ✅Jornal Económico, a 💥️proposta não terá convencido o Banco Central Europeu (BCE), que é quem tem a palavra final nestas operações.
“Face a este evento, o 💥️acionista único retomou as iniciativas para identificar um novo investidor de capital para o banco”, indica o banco no relatório e contas.
O BNI Europa é detido integralmente pelo BNI Angola, que tem como principal acionista 💥️Mário Palhares, antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola.
Desde 2023 que os angolanos procuram um comprador para o banco português. Avança agora com um quarto processo de venda depois de não ter conseguido vender ao grupo chinês 💥️KWG, à gestora espanhola 💥️Altarius Capital e aos brasileiros do Banco 💥️Master.
Não foi possível obter uma reação do BNI Europa até à publicação do artigo.
Regresso aos lucros seis anos depois
Depois de anos de prejuízos, o 💥️banco liderado por Vítor Barosa Carvalho regressou aos lucros no ano passado. Atingiu um 💥️resultado líquido de 400 mil euros, surpreendendo até os próprios responsáveis do banco, que projetavam que 2023 fosse ainda um ano com contas no vermelho.
Foi o primeiro resultado positivo desde 2017, impulsionado em grande medida pela escalada das taxas de juro. A 💥️margem financeira – que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – praticamente duplicou dos 3,6 milhões de euros em 2022 para os 6,8 milhões em 2023.
Segundo o banco, o facto de os resultados 💥️“terem sido substancialmente superiores ao previsto” supriu a necessidade de o acionista ter de injetar dinheiro no ano passado para suportar o plano de negócios, como estava previsto.
Do mesmo modo, 💥️também já não antecipa que sejam necessários aumentos de capital este ano “por força da nova realidade financeira”, explica a instituição, que se viu confrontada a mudar o seu plano de negócios com o desfecho sem sucesso do negócio com o Banco Master.
O novo plano, aprovado em fevereiro, aponta agora para um 💥️crescimento da atividade e criação de novos negócios de forma “controlada” e “faseada”, entre outros pontos. O banco não deixa de notar que a estratégia deixou de assentar em “medidas de contenção e redução” para passar a assentar em 💥️“medidas de recuperação e crescimento” no sentido de se tornar “rentável e sustentável”. Ainda que ressalve que o plano possa ser revisto se encontrar um novo acionista.
Mais crédito, mais depósitos e mais trabalhadores
De alguma forma 2023 marcou já um ano de crescimento da atividade e negócio para o BNI Europa, com o volume de negócios a crescer 25% para 392,6 milhões de euros.
Os 💥️depósitos (recursos de clientes) registaram um incremento de 37% para 176 milhões de euros. Por sua vez, a carteira de 💥️crédito aumentou 34% para 124,4 milhões de euros, um aumento que o banco associa em parte à autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) para o exercício de atividade de serviços de investimento em julho do ano passado. O banco iniciou atividade na área de 💥️mercado de capitais e 💥️banca de investimento no ano passado.
Associado a isto, ao nível de pessoal, os 💥️quadros foram reforçados com 23 novos trabalhadores, com o banco a empregar agora 73 colaboradores – depois de ter cortado postos de trabalho nos últimos anos. Isto implicou um aumento dos custos com o pessoal na ordem dos 40%.
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