Advogado que defendeu Lula na Lava Jato pode ser próximo ministro do STF; entenda
Lula diz que indicação de Zanin para o STF seria compreendida por todo mundo (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)
O presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva vai indicar pelo menos dois ministros para o 💥️Supremo Tribunal Federal (STF) neste ano, devido às aposentadorias de Ricardo Lewandowski, em maio, e de Rosa Weber, em outubro.
No meio político, crescem as especulações sobre os nomes dos futuros ministros do STF, e o advogado 💥️Cristiano Zanin, que defendeu Lula nos processos da Lava Jato, aparece com frequência.
“Hoje, se eu indicasse o Zanin✅ [para o STF] todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente, ele cresceu de forma extraordinária”, afirmou Lula em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, ✅da Rádio Band News.
Durante a entrevista, o presidente disse que vai “levar em conta o caráter” no momento das indicações e que também vai consultar pessoas de sua confiança, como outros advogados.
Lula, que já indicou oito ministros para a Corte em mandatos anteriores, ainda afirmou que nunca pediu nenhum favor a qualquer ministro. “Eles não foram indicados para fazer favor, não foram indicados para me proteger”, disse.
O presidente ainda pode contar com uma terceira indicação para o Supremo, caso o boato da antecipação da saída do ministro Luís Roberto Barroso se confirme. Com isso, Lula poderá atingir a marca de 11 indicações para o SFT.
A informação da aposentadoria de Barroso foi publicada em novembro passado pelo jornal O Estado de S. Paulo, mas foi negado pelo ministro na época. Na Suprema Corte desde 2016, Barroso vai se aposentar em março de 2033.
PT garante hegemonia no Supremo
Com as duas indicações de Lula, a atual composição do SFT, na qual sete dos 11 membros foram indicados por presidentes petistas, será mantida pelo menos até a saída de Luiz Fux, em 2028, e de Cármen Lúcia, no ano seguinte.
Para especialistas, é esperado que o presidente busque indicar para o Supremo juristas que compartilhem com ele valores políticos. Os nomes indicados, porém, devem ser aprovados pela maioria absoluta do Senado, o que representa 41 votos.
Com isso, o chefe do Executivo costuma nomear ministros cujos valores sejam compartilhados pela Presidência e pela maioria dos senadores.
“O peso da indicação presidencial sobre o comportamento dos ministros é matizado pela participação do Senado no processo de nomeação — mais precisamente pela heterogeneidade da coalizão do governo no Senado”, Jeferson Mariano Silva, professor da USP e integrante do Grupo de Pesquisa Judiciário e Democracia (Jude).
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