Homem-tarifa ataca novamente: pressão ou antecipação sobre os chineses?
As novas tarifas devem entrar em vigor, segundo Trump, a partir desta sexta (10) (Imagem: Facebook)
💥️Por ysoke.com
O presidente dos EUA reforçou a imprevisibilidade e uso do Twitter como comunicação oficial em sua administração para anunciar, sem cerimônia neste domingo, a elevação de 10% para 25% da taxa sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses.
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As novas tarifas devem entrar em vigor, segundo Trump, a partir desta sexta (10), prazo em que negociadores americanos vão apresentar um parecer à Casa Branca sobre a viabilidade ou não de um acordo.
É mais um capítulo da guerra comercial entre americanos e chineses, que se iniciou no ano passado com os EUA sobretaxando a importação de aço provenientes de vários países e, em seguida, colocando uma taxa de 10% sobre produtos chineses. A China reagiu e restringiu a compra de commodities dos americanos, entre as quais a soja, medida que favoreceu a soja brasileira, que bateu recordes de exportação no ano passado.
No entanto, havia uma trégua entre os dois países desde a reunião do G-20 em Buenos Aires no fim de novembro e início de dezembro, estabelecendo o começo das negociações de alto nível, com rodadas em Pequim e Washington. Participam destas negociações do lado americano o secretário do Tesouro Steve Mnuchin e Robert Lightzier, representante do comércio. Os chineses são representados pelo vice-ministro Liu He.
Os dois lados sinalizavam avanços nas negociações desde então, inclusive o tuiteiro presidente americano. Os chineses prometeram aumento da compra de automóveis, aviões, soja e petróleo dos americanos. O maior ponto de atrito, entretanto, era o respeito chinês às regras de propriedade intelectual e transferência de tecnologia, pontos que são a base do desenvolvimento econômico chinês.
Nesta semana haverá nova rodada de negociações em Washington. Após anúncio de Trump, havia a cogitação da desistência chinesa, mas o governo da China disse que uma delegação está se preparando a ir a Washington. Não se sabe se ela será liderada por Liu He.
Resta saber se a decisão de Trump foi uma pressão sobre os chineses para fechar logo um acordo ou foi uma antecipação a um fracasso nas negociações. Independentemente disso, as bolsas chinesas despencaram mais de 5%, maior queda diária desde fevereiro de 2016.
O mercado europeu abriu em forte baixa, assim como os futuros dos índices acionários de Nova York. Os principais mercados de commodities também recuam, com exceção do ouro, que é um ativo porto-seguro em momentos de elevada incerteza e crises.
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