Moeda da China envia sinais de alerta sobre a guerra comercial com os EUA
Depreciação do iuane e dúvidas se o banco central da China irá intervir elevam preocupações no mercado financeiro global
A moeda da 💥️China (💥️iuane) tem sido um importante barômetro para o progresso nas negociações comerciais entre os 💥️Estados Unidos e o gigante asiático, e neste momento está sinalizando que as coisas não estão indo bem.
Por meses, o 💥️Banco Popular da China (PCB, na sigla em inglês) tentou mantê-la estável, mas desde que o presidente 💥️Donal Trump tweetou pela primeira vez sobre as novas tarifas em 5 de maio, a divisa chinesa sofreu queda de 2,7% perante o dólar.
A moeda onshore, ou CNH, negociada em Hong Kong e a mais impactada por traders internacionais, atingiu um pico de 6,945 na última sexta-feira (17), enquanto o iuane controlado pelo banco central ficou um pouco acima dos 6,91. Analistas afirmam que, se chegar a um nível de 7 já na próxima semana, poderá causar turbulência nos mercados financeiros globais.
“Não está claro se as autoridades chinesas querem lutar muito para manter a moeda estável. Esse é um ponto de interrogação muito preocupante”, afirmou Jens Nordvig, CEO da Exante Data, em entrevista a rede americana CNBC.
Na sexta-feira, o canal de televisão americano revelou que as negociações comerciais entre os dois países parecem ter parado, e que a próxima rodada de negociações ainda não foi programada.
Um iuane mais fraco tem sido uma fonte de atrito entre a China e os EUA por anos. Trump, no passado, acusou a China de intencionalmente enfraquecer sua moeda, prejudicando os EUA como resultado.
Se a China permitir que sua moeda enfraqueça, suas exportações se tornarão mais atraentes, mas os estrategistas dizem que Pequim se preocuparia com a fuga de capitais e provavelmente não desejaria arriscar isso.
“O mercado está testando a determinação do banco central chinês de impedir que a moeda atinja o nível 7″, disse Marc Chandler, estrategista de mercado global da Bannockburn Global Forex, em entrevista à CNBC.
“Eles farão de duas formas: em parte por meio de intervenção, em parte pela drenagem de liquidez. Eles podem fazer isso tanto no mercado monetário doméstico como no mercado de Hong Kong”, acrescentou.
Nordvig acredita que a mensagem que o iuane está enviando não é como os comentários positivos sobre as negociações comerciais que os funcionários dos EUA, como o secretário do Tesouro Steve Mnuchin ou o principal economista da Casa Branca, Larry Kudlow, fizeram.
“Parece que eles nem estão sendo convidados para a China. Se não houver negociações entre Trump e Xi Jinping em Osaka (Japão), então tudo se tornará muito arriscado”, disse Nordvig.
Os presidentes americano e chinês devem se reunir na reunião do G-20 em 28 de junho.
Os estrategistas dizem que a fraqueza atual do iuane se deve a um fortalecimento das preocupações com o dólar e a guerra comercial, que por sua vez estão estimulando as autoridades chinesas a considerarem mais medidas de política monetária e fiscal.
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